Arqueólogos abrem sarcófago milenar em Mainz

4 jun 2019 - 19h37
(atualizado em 5/6/2019 às 04h52)

Túmulo foi descoberto durante uma escavação na Igreja de São João no ano passado. Pesquisadores querem descobrir quem foi enterrado no local. Suspeita-se que restos mortais sejam de arcebispo que morreu em 1021.Depois de meses de preparação, uma equipe internacional de pesquisadores abriu nesta terça-feira (04/06) um sarcófago de mil anos encontrado na Igreja de São João, em Mainz, no oeste da Alemanha. O túmulo foi descoberto no ano passado durante uma escavação na igreja, que é a mais antiga da cidade.

Sarcófago foi descoberto em escavação de igreja
Sarcófago foi descoberto em escavação de igreja
Foto: DW / Deutsche Welle

Usando um sistema de roldanas, a equipe levantou a tampa de 700 quilos. Provavelmente, essa foi a primeira fez que o sarcófago foi aberto. Os pesquisadores querem descobrir a identidade da pessoa que foi enterrada no local.

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O mistério continuou após a abertura do túmulo. Segundo o arqueólogo que lidera o grupo, Guido Faccani, não foi possível confirmar se os restos mortais são do antigo arcebispo de Mainz Erkanbald, como suspeitam os pesquisadores. A localização do sarcófago, na nave central, e sua posição, apontado para o altar, indicam que a pessoa enterrada ali era uma autoridade da Igreja.

Após a primeira análise, foi descoberto, porém, que os restos são provavelmente de um homem e que o corpo foi tratado com cal antes do enterro. De acordo com Faccani, esse tratamento deveria acelerar o processo de decomposição. Há diversos motivos para isso, um seria evitar a propagação de odores na igreja.

Os especialistas não puderam radiografar os ossos, que estava em estado avançado de decomposição, restando apenas fragmentos. "Nem dentes foram encontrados", afirmou Faccani.

Os pesquisadores encontraram, no entanto, restos de tecido, que serão analisados posteriormente. E acreditam que o sarcófago tenha sido reformado antes do enterro do corpo. Não há evidências de que ele foi aberto nos últimos mil anos.

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Historiadores esperam que os restos mortais possam a ajudar a solucionar alguns mistérios sobre a Igreja de São João. Acredita-se que o sarcófago pertença a Erkanbald, o arcebispo de Mainz que morreu em 1021. Se isso for confirmado, a igreja teria sido então a primeira catedral da cidade, que foi fundada pelos romanos no século 1º.

Os próximos passos da pesquisa são análises de datação por carbono e DNA. Os especialistas precisarão, porém, trabalhar rápido, pois o contato com o ar fresco após mil anos pode deteriorar as amostras.

O sarcófago será aberto para o público neste fim de semana e será fechado novamente nas próximas semanas.

CN/dpa/afp/dw

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