Trident reafirma compromisso com comunidade LGBTQIAP+ com apoio social e exposições

A marca é uma das apoiadoras da Casa Chama, ONG com foco na população trans

1 jul 2022 - 18h02
Foto: Obra Gentrificação dos Afetos / Bruna Kury

Comprometida em apoiar e viabilizar ações afirmativas para a comunidade LGBTQIAP+, a marca Trident comandou várias movimentações culturais no mês do Orgulho e investiu em exposições, parcerias voltadas para políticas públicas e debates nas redes sociais. Entre as iniciativas estão uma parceria ao longo de 2022 com a Casa Chama, ONG responsável por acolher e promover trabalhos com foco na população trans. A ideia foi transformar as redes sociais da marca em uma plataforma de exposição de seis artistas da Casa Chama, juntamente com influenciadores e Out Of Home por toda a cidade de São Paulo, tudo com curadoria de Digg Franco, fundador da ONG. Além disso, patrocínio da exposição “Trans_Borda – O olhar opositivo na arte”; e debates na web com nomes como Gil do Vigor, Pepita, Lia Clark, Assucena e Ventura Profana.

Para Digg Franco, fundador e presidente da Casa Chama, o apoio de marcas como Trident é essencial no combate ao preconceito contra a população LGBTQIAP+, especialmente quando falamos da população trans, que enfrenta no Brasil uma das maiores taxas de mortalidade da comunidade internacional.

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“É essencial que as marcas estejam dispostas a um comprometimento responsável em relação à causa trans, e que saibam que isso pressupõe proteger pessoas marginalizadas de ataques transfóbicos. A parceria com a Trident é importante porque toda marca precisa estar preparada para ser anti transfóbica, porque os ataques são incessantes para todo mundo que trabalha com a população trans. Requer que as marcas tenham essa força de bater de frente e proteger a gente dos ataques recorrentes”, explicou ele, atualmente coordenando a Casa Chama Moradia, casa de acolhimento que será inaugurada no dia 30 de junho em Araraquara e receberá 12 pessoas LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade.

Apoiar a diversidade e promover ações que melhorem de fato a qualidade de vida da população LGBTQIAP+ é um dos valores de Trident que, durante o mês de junho, mudou seu nome para “Prident”, inspirada na palavra “pride”, que significa orgulho, em inglês. A ação é acompanhada do mote “Vamos usar nossas cores, para apoiar todas as cores”. O novo nome permanece nas redes sociais e campanhas de Trident até o final de junho, mas o comprometimento com a causa é permanente.

Foto: Divulgação / Casa Chama

Fundada em 2018, a Casa Chama é uma associação psicossocial, cultural e de empreendedorismo que tem como objetivo criar espaços de discussões e ações focadas nas pessoas travestis, transexuais, transvestigêneres e não-binárias. O intuito é criar um ambiente de convívio seguro com foco no acolhimento e na emancipação, para gerar autonomia financeira, criativa, emocional e psicológica para os membros da ONG.

A Exposição

Como parte do mês do Orgulho, a Casa Chama, em parceria com a Trident, promoveu uma ação com artistas como Vulcanica Pokaropa, Manauara Clandestina, Jonas Van, Irmãs Brasil e Bruna Kury. A marca expôs o trabalho destes seis artistas na Parada, no dia 19 de junho, em quatro relógios da Avenida Paulista e, entre os dias 15 e 22 de junho, suas obras foram mostradas nas redes sociais de Trident, no mobiliário urbano de São Paulo e totens no metrô da cidade, especificamente em 21 pontos do centro expandido. “Foi uma realização muito bacana colocar cinco artistas e um curador trans para terem esse nível de visibilidade. A Parada precisa de representatividade trans para ser de fato diversa”, explicou Digg Franco.

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Para Anna Carolina Teixeira, diretora de marketing da Mondelēz Brasil, empresa responsável pela produção de Trident, é essencial que as marcas não usem o mês do Orgulho de forma leviana, e sim se envolvam no bem-estar da comunidade de forma sistêmica.

“Entendemos que a causa LGBTQIAP+ precisa ser apoiada de forma consistente o ano todo e não apenas no mês de junho. Por isso, buscamos apoiar um projeto sólido e com papel fundamental na comunidade. A Casa Chama é um espaço de desenvolvimento das potencialidades da população trans e acreditamos que dar notoriedade e enaltecer a potência destes artistas é uma forma importante de garantir representatividade - que é o que Trident acredita. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas estamos muito felizes de poder contribuir nessa jornada”, explica.

A Mondelez adotou nos últimos anos uma política de zero tolerância em relação à discriminação e preconceito no ambiente de trabalho, respeitando os nomes sociais dos funcionários e oferecendo um ambiente de trabalho que questiona os padrões da binariedade. Os colaboradores da marca contam com equidade salarial e licença maternidade e paternidade estendida, inclusive para casais homoafetivos. “A causa LGBTQIAP+ faz parte do DNA da nossa marca. Queremos consolidar ainda mais a nossa posição de apoio à comunidade. Desde o início do ano cobrimos 100% da hormonização para pessoas trans, além de equipe médica multidisciplinar para acompanhamento e amparo jurídico para questões como retificação do nome, por exemplo. Para nós, PRIDENT é mais que uma campanha, é um chamado para que as pessoas se sintam cada vez mais reconhecidas com liberdade e respeito. É também um convite a todos para uma conversa profunda e necessária sobre como ser um aliado, afinal essa é uma luta de todos nós”, completa Teixeira.

Casa Chama Moradia

Unindo iniciativas públicas e privadas, a ONG Casa Chama acaba de criar a Casa Chama Moradia, situada em Araraquara, interior de São Paulo. “A casa é um serviço de alta complexidade, que vai receber pessoas que foram expulsas de casa, em situação de rua ou que passaram por violências. Estamos fazendo um corpo técnico composto por pessoas trans, para que essas pessoas sejam cuidadas por seus pares. A equipe toda é formada majoritariamente por pessoas trans e pretas, que é um diferencial não só em ONGs, mas também como em uma gestão de ferramenta pública.”, explica Digg Franco, que também é presidente da ONG Casa Chama Araraquara.

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Na Casa Chama Moradia, a ideia é que as pessoas acolhidas na residência recebam acompanhamento psicossocial, cultural, jurídico e de saúde, possibilitando uma futura autonomia e abrindo portas no mercado de trabalho, tão importante em um Brasil no qual cerca de 90% da população de rua é obrigada a recorrer à prostituição. A Casa Chama Moradia trará em suas instalações atividades artísticas e culturais, oficinas voltadas ao mercado de trabalho, práticas de esporte e lazer, oficinas de redução de danos e um Congresso de Saúde LGBTQIAP+. 

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