Justiça condena assassino confesso da gamer Sol a 14 anos de prisão

Guilherme Alves Costa, que matou a espadada Ingrid Oliveira Bueno da Silva, seguirá preso e terá acompanhamento psiquiátrico

9 ago 2022 - 12h01
(atualizado às 12h06)
Guilherme Alves Costa, assassino confesso da gamer Sol
Guilherme Alves Costa, assassino confesso da gamer Sol
Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a 14 anos de prisão o estudante Guilherme Alves Costa, que matou a espadadas a gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva - a Sol, em fevereiro do ano passado.

Segundo informações da condenação, ao qual o Terra teve acesso, Guilherme foi julgado pelo Tribunal do júri na segunda-feira, 8, e teve a pena fixada pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro.

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"Julgo procedente o pedido acusatório de modo a CONDENAR GUILHERME ALVES COSTA, qualificado nos autos, como incurso no crime previsto no art. 121, §2º, I e III, do Código Penal, à pena de 14 (catorze) anos de reclusão, em regime inicial fechado", diz a sentença, citando o crime de homicídio qualificado.

Na decisão, a juíza também comunicou que Guilherme não terá o direito de recorrer em liberdade. "As razões que levaram à decretação de sua custódia cautelar persistem, ora reforçadas pela condenação". A magistrada ainda pediu acompanhamento médico psiquiátrico ao réu. "Oficie-se à prisão onde está custodiado, com a recomendação de que o condenado seja submetido a acompanhamento médico psiquiátrico no curso do cumprimento da pena".

O caso

Ingrid Bueno
Foto: Instagram

Ingrid Bueno, então com 19 anos, foi assassinada a facadas em Pirituba, na zona norte de São Paulo. De apelido "Sol", a jovem era conhecida por participar de jogos online. Guilherme, que tinha 18 anos na época, confessou o crime e disse que conheceu a vítima pela internet. Ela foi atacada e morta na casa do estudante.

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O crime causou comoção na comunidade dedicada a jogos como Call Of Duty Mobile, um jogo de tiro disponível para celulares. Sol integrava uma equipe que disputava torneios online.

De acordo com informações do boletim de ocorrência do caso, policiais militares foram chamados para atender uma ocorrência em que uma mulher tinha sido esfaqueada. "No local, acharam a vítima com diversas facadas. O óbito foi constatado por uma equipe do resgate. Após ferir a vítima, o estudante fugiu. O irmão dele contou que chegou em casa e encontrou a jovem já desmaiada. Ele não a conhecia", informou a Secretaria da Segurança Pública.

Segundo a pasta, o estudante disse a parentes que iria cometer suicídio, mas foi convencido a se entregar. "Cerca de 30 minutos após o crime, o autor compareceu no DP. Ele confessou o homicídio e disse que conheceu a vítima na internet há pouco mais de um mês. Contou que planejou o crime e afirmou ter escrito um livro onde explicava seus objetivos e os motivos que o levaram a cometer o homicídio", acrescentou a secretaria.

Uma cópia do livro foi anexada ao inquérito policial aberto para investigar o caso. "Os familiares da vítima não souberam falar sobre a relação dela com o autor", apontou o boletim de ocorrência na ocasião.

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* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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