O mundo automotivo gosta de parecer plural. Diferentes carros em diferentes lojas, diferentes países com um "carro nacional" próprio e cada ano nasce um player elétrico prometendo revolucionar tudo. Mas basta olhar um pouco mais de perto para perceber que, na prática, quem define os rumos da indústria são pouquíssimos conglomerados — gigantes que controlam dezenas de marcas, plataformas e mercados inteiros.
Segundo um levantamento de 2025 da Consumer Reports, cinco deles concentram a maior quantidade de marcas ativas em operação, moldando desde carros populares até supermáquinas de milhões de dólares. E cada grupo faz isso com estilos bem diferentes — alguns apostam no caos organizado, outros preferem o minimalismo estratégico.
O Volkswagen Group segue sendo o império mais impressionante. A Volks controla nomes que vão de Škoda e Cupra (marcas de entrada) até nomes luxuosos como Porsche, Lamborghini, Bentley e até Ducati. A Bugatti, reposicionada em parceria com a croata Rimac, mostra como o grupo não apenas administra marcas: ele manipula ecossistemas completos. Em 2024, foram mais de 9 milhões de veículos entregues globalmente e mais de US$ 350 bilhões em receita. Parte desse sucesso vem de plataformas modulares como MEB, PPE e MQB — esqueletos tecnológicos que sustentam dezenas de modelos diferentes e garantem escala quase imbatível.
Logo atrás vem a Stellantis, criada da fusão entre FCA e PSA e hoje dona de 14 marcas. De Peugeot e Citroën a Jeep, Ram, Dodge e Fiat, o ...
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