Nissan vai fechar fábrica que produz o Mercedes-Benz GLB no México

Complexo de Aguascalientes foi construído por joint-venture entre Nissan e Daimler em 2015 e produz monovolume e SUVs da Infiniti

7 nov 2025 - 17h01

O fechamento da fábrica da Nissan de Aguascalientes no México vai afetar mais linhas do que apenas as do guarda-chuva da Aliança Renault-Nissan. Isso porque a fábrica mexicana também produz modelos da Mercedes-Benz, mais precisamente o GLB, junto dos crossovers Infiniti QX50 e QX55. O fim da produção do GLB atual já foi anunciado pela marca alemã, previsto para maio de 2026, quando deverão sair as últimas unidades.

A cooperação entre Nissan e Daimler existe desde 2015, quando as duas fabricantes assinaram um acordo para construir o complexo de Aguascalientes. De lá, saiu a geração passada do Mercedes-Benz Classe A, bem como os dois modelos da Infiniti.

Publicidade

A Nissan já havia suspendido os pedidos para os dois Infiniti desde abril, quando o Governo Trump anunciou o aumento de tarifas para carros produzidos fora dos Estados Unidos, o que acabou selando o destino dos dois modelos, que já vinham com vendas em baixa.

A planta é uma das sete fábricas que a Nissan deve fechar como parte do grande plano de reestruturação e corte de custos. Além dela, a fábrica de Oppama, no Japão, outra no México, e os estúdios de design de San Diego (EUA), e São Paulo, também foram fechados.

Assim, a joint-venture entre Nissan e Daimler também será encerrada. O que não significa o fim da linha para os modelos produzidos. O GLB deverá ganhar uma nova geração, criada sobre a plataforma do novíssimo CLA, com versões a combustão, híbrida e elétrica.

Já os Infiniti crê que os SUVs que sairão de linha sejam naturalmente substituídos pelo QX60, um modelo lançado em 2022, bem maior do que os modelos que saíram de linha.

Publicidade

O plano de recuperação da Nissan passa pelo enxugamento das atividades e do corpo de funcionários. Cerca de 20 mil postos de trabalho serão encerrados, e o número de plataformas será reduzido de 13 para 7. A produção anual também será reduzida para 2,5 milhões de carros, 1 milhão a menos do que em 2025.

O objetivo é diminuir a complexidade dos produtos em 70%. Isso tudo aumentando a eletrificação de sua gama, com vários lançamentos previstos para diversos mercados, como Europa, Estados Unidos e o Brasil. Aqui, devemos ver a chegada da versão chinesa da Frontier, bem como o sedã N7, já flagrado em testes no País.

Siga o Jornal do Carro nas redes sociais!

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se