O Haval H6, mesmo com pouco tempo de mercado, já um dos eletrificados mais vendidos do Brasil. Agora, menos de três anos depois de aterrissar no País, o modelo - que precisa bater de frente com adversários de renome, como Toyota Corolla Cross, BYD Song Plus e até Jeep Compass - precisou acompanhar a versão asiática e já está de cara nova. A GWM incluiu mais equipamentos de série e recebeu mudanças visuais, porém, a mecânica praticamente não muda. Continuam em cena as variantes híbrida e híbrida plug-in, e nada de motor flex.
O Haval H6 2026 chega nesta segunda-feira (17) às concessionárias da GWM em todo o Brasil. São, no total, quatro versões de acabamento e o portfólio fica assim: HEV2 (R$ 223 mil), PHEV19 (R$ 248 mil), PHEV35 (R$ 288 mil) e GT, que não sai por menos de R$ 325 mil. Em síntese, apenas as duas opções mais baratas encareceram - em R$ 3.000 cada.
O novo GWM Haval H6 tem como destaque a grade dianteira revisada (exceto para a GT) que, agora, contém 87 elementos pintados na cor da carroceria, que pode vir em preto, prata ou branco (a GT acrescenta o tom azul). Os faróis ganharam dois filetes na vertical, em DRL, que se estendem até o para-choque.
Nas laterais, por fim, nada de alterações. Apenas as versões mais baratas tiveram aumento do aro das rodas - agora, 18?. Nas mais caras, se mantém as 19?. Na parte traseira, ao contrário do que se esperava, as lanternas não abandonaram a barra de LEDs que liga as duas peças. E, agora, ao invés da inscrição "HAVAL" aparece "GWM", que trocou o acabamento cromado pelo preto. Debaixo da tampa do porta-malas, os mesmos 560 litros de capacidade.
Do lado de dentro
No habitáculo, o SUV tem novo volante com base achatada. A peça continua multifuncional, mas, agora, leva apenas dois comandos giratórios que controlam diversas funções do veículo. O console central é totalmente novo. Aqui, um ponto interessante é a posição que o celular fica no carregador por indução (virado para o motorista). O recurso está, também, mais potente e passou de 15 W para 50 W. Ou seja, a recarga fica mais rápida. As cores dos revestimentos se dividem entre marfim e preto. Dentro do pacote e série, tem até detector de fadiga do motorista e câmeras de 540 graus - antes, 360º.
O sistema operacional inteligente do carro, o Coffee OS 3, foi desenvolvido pela própria GWM. A marca fala em interação digital mais rápida, menus reorganizados e navegação mais intuitiva e com novos recursos. Um ponto interessante da tela central que aumentou de 12,3? para 14,6? é a aba inferior, que traz o menu (personalizável) com as principais funções do carro. Na prática, essa barra permanece na tela mesmo quando o sistema Apple CarPlay ou Android Auto sem fio está em uso. O quadro de instrumentos tem 10,25? e três modos de visualização.
Mecânica
Assim como a mudança das lanternas, o público também esperava que o Haval H6 mudasse o conjunto Hybrid Intelligent 4WD (Hi4). A ideia era que ganhasse alimentação flexível. Mas, continua apenas a gasolina e, de acordo com André Leite, diretor de marca e produto da GWM, "essa é uma conversa para o futuro".
O conjunto continua alimentado pelo motor 1.5 turbo, que a marca chama de nova geração. São, no total, até 150 cv e 24,5 mkgf de torque a breves 1.800 rpm. Por isso, tão esperto. Trabalha associado a uma bateria de 35 kWh.
Nos plug-in PHEV35 e GT, que tem tração integral, resulta em potência combinada de 393 cv e torque total de 77,7 mkgf. Em modo elétrico, a autonomia é de 119 km, conforme medições do Inmetro. Ademais, a mesma transmissão híbrida dedicada (DHT) de duas marchas.
Aliás, a versão PHEV35 passa a adotar essa nova nomenclatura no lugar de PHEV34 para expressar com mais precisão a capacidade da bateria, que não apresentou mudanças.
No plug-in PHEV19, que não tem motor elétrico traseiro, a bateria de 19 kWh trabalha em conjunto com o motor a combustão, produz 326 cv de potência combinada e 55 mkgf de torque. Já o autorrecarregável HEV2 tem bateria de 1,6 kWh e 243 cv de potência combinada e os mesmos 55 mkgf de torque combinado.
Impressões
Na prática, o Haval H6 (dirigimos a versão topo de linha do SUV, a PHEV35), que tem 393 cv somados, continua com o mesmo bom comportamento. Tanto o modo de direção, quanto a boa posição e o rodar suave não deixam a desejar. Isso, inclusive, explica muito os bons números de vendas que o SUV alcança no Brasil. O trabalho do câmbio é bom, acompanha a pegada do motor.
O trajeto do test-drive foi bem curto, pelas imediações do Aeroporto Catarina, no interior de São Paulo. Porém, deu para notar que o SUV continua com bom trabalho de suspensões (McPherson na dianteira e Multilink atrás). O conjunto, aliás, ganhou o stop mecânico que, na prática, deixa as batidas menos secas e incômodo mínimo para quem está a bordo, principalmente, em pisos irregulares. A direção, em curvas, mostra precisão e nada de rolagem. E o nível de ruído é baixíssimo.
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