Dacia Spring antecipa novo Kwid elétrico com bateria maior e mais potência

Prestes a estrear no Brasil, hatch elétrico da Renault chega às lojas da Europa com atualizações relevantes para, finalmente, disputar mercado com BYD Dolphin Mini

9 out 2025 - 19h35

O Dacia Spring, equivalente europeu do Renault Kwid E-Tech vendido no Brasil, passa por uma nova atualização para o modelo 2026. A principal novidade está na bateria, que agora adota a química LFP (lítio-ferro-fosfato), a primeira do tipo usada pelo Grupo Renault. Embora a capacidade tenha diminuído de 26,8 kWh para 24,3 kWh, a autonomia segue em 225 km (WLTP), graças à redução no consumo de energia, agora de 12,4 kWh/100 km (antes, 13,2 kWh).

Modelo está mais eficiente e rápido

Dacia Spring 2026
Dacia Spring 2026
Foto: Dacia/Divulgação / Estadão

Mesmo com eficiência aprimorada, o Spring passa a oferecer motores mais potentes, de 52 kW (71 cv) e 75 kW (102 cv), em substituição aos antigos blocos de 33 kW (45 cv) e 48 kW (65 cv). O ganho é expressivo: a retomada de 80 a 120 km/h caiu de 26,2 s para 10,3 s na versão básica e de 14 s para 6,9 s nas mais fortes. O tempo de 0 a 100 km/h ainda não foi divulgado.

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Produzido na China sobre a plataforma CMF-A, o Spring recebeu reforços estruturais que permitiram instalar a nova bateria em formato de prancha sob o assoalho. Antes, os seis módulos ficavam sob o banco traseiro. A nova disposição melhora a rigidez e a distribuição de peso.

Dacia Spring 2026
Foto: Dacia/Divulgação / Estadão

O sistema de recarga mantém o carregador de bordo de 7 kW (AC), mas as versões Expression e Extreme passam a contar com recarga rápida DC de até 40 kW, que permite ir de 20% a 80% em cerca de 29 minutos, um avanço em relação aos 30 kW da geração anterior.

Visual do modelo europeu muda pouco

Dacia Spring 2026
Foto: Dacia/Divulgação / Estadão

Visualmente, o Spring 2026 muda pouco. Com pouco mais de 1 tonelada, continua sendo o carro elétrico de quatro lugares mais leve do mercado europeu. O porta-malas de 308 litros (ou 1.004L com o banco rebatido).

O modelo conserva a função Vehicle-to-Load (V2L), exclusiva da versão Extreme, que permite usar a bateria para alimentar equipamentos externos. Outras melhorias incluem freios mais eficientes, amortecedores recalibrados, barra estabilizadora dianteira e melhor aerodinâmica, com coeficiente reduzido para 0,66.

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Dacia Spring 2026
Foto: Dacia/Divulgação / Estadão

A gama 2026 será composta pelas versões Essential, Expression e Extreme. A primeira traz painel digital de 7", direção elétrica ajustável, piloto automático, sensor de ré, travas e vidros dianteiros elétricos; a Expression adiciona rodas de 15" e ar-condicionado manual; e a Extreme inclui tela multimídia de 10,1", vidros traseiros elétricos, retrovisores com ajuste elétrico, duas portas USB e conectividade Android Auto e Apple CarPlay.

O preço inicial é de € 16.900, equivalendo à cerca de R$ 104.800, e mesmo a versão mais cara permanece abaixo de € 20.000 (R$ 124.000), mantendo o Spring como o carro elétrico mais acessível da Europa.

No Brasil, o equivalente Renault Kwid E-Tech, que já esteve entre os elétricos mais vendidos, hoje tem participação discreta. A nova versão nacional deve ser lançada em breve, com preço estimado em torno de R$ 105 mil, valor próximo ao do modelo europeu convertido. Atualmente, o Kwid E-Tech custa R$ 99.990.

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