A década de 1980 foi, sem dúvida, a era de ouro do rali, e os carros do Grupo B tiveram muito a ver com isso. A flexibilidade dos regulamentos da FIA nos presenteou com verdadeiros mísseis leves e muito potentes, com grandes avanços tecnológicos, que rugiam como demônios em pistas de todos os tipos.
Esses carros despertavam paixões e os fãs se entregavam completamente à competição, chegando ao limite para vê-los o mais de perto possível e até mesmo tentar tocá-los. Às vezes, eles até conseguiam: prova disso são os dois dedos encontrados na grade de um Peugeot 205 T16 em 1986, que ninguém jamais tentou recuperar.
A história dos dedos perdidos
Os carros do Grupo B tornaram o Campeonato Mundial de Rali da década de 1980 verdadeiramente emocionante, mas também tinham um ponto fraco: a segurança.
Isso, somado à inconsciência de muitos fãs da época, que pareciam desconhecer o perigo, fez com que os últimos anos de alguns dos carros mais especiais produzidos por essa competição fossem ofuscados por um grande número de acidentes e mortes, tanto de participantes quanto de espectadores.
Devido à grande popularidade que os ralis ganharam com a chegada dos carros do Grupo B ao esporte, corrida após corrida, cada vez mais espectadores se aglomeravam ao redor das pistas - e até mesmo nas próprias pistas - para ver de perto seus ídolos do momento. E alguns não se contentavam apenas em observar.
Não era incomum ver imagens quase bíblicas de como a maré se dividia em duas e se afastava ...
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