Warren Buffett, o homem que por quase duas décadas foi o investidor mais influente por trás da BYD, decidiu vender todas as suas ações da montadora chinesa. A retirada foi confirmada em um relatório oficial da Berkshire Hathaway no final de junho de 2025. Isso marca o fim de um relacionamento que começou em 2008, quando o chamado "Oráculo de Omaha" apostou em veículos elétricos muito antes da Tesla se tornar o fenômeno global que é hoje.
A mudança ocorre no pior momento possível para a BYD. Seus lucros caíram mais de 30% no último trimestre, com um mercado cada vez mais agressivo e preços pressionando as margens da empresa. Soma-se a isso o fato de que o México, um de seus principais territórios, anunciou tarifas de até 50% sobre carros chineses, justamente quando a marca via este país como uma porta de entrada para o crescimento nas Américas.
Esta não é apenas uma venda, mas uma mensagem clara: mesmo para Buffett, o negócio de carros elétricos não é mais tão promissor quanto era anos atrás. Suas declarações anteriores sobre "a indústria automobilística ser muito difícil" fazem sentido agora que os governos estão erguendo barreiras comerciais e os investidores estão se refugiando em ativos mais seguros, como títulos do Tesouro.
A queda de 3,3% no preço das ações da BYD após a notícia reforça a percepção de que o apoio de Warren Buffett foi mais do que simbólico. Foi um selo de confiança que agora está desaparecendo. Enquanto isso, no Weibo, o CEO da BYD, Li Yunfei, agradeceu...
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