O técnico Fernando Diniz analisou a derrota do Vasco por 3 a 0 para o Botafogo, nesta quarta-feira (5), no Estádio Nilton Santos, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista após a partida, o treinador reconheceu a superioridade do adversário e assumiu a responsabilidade pelo resultado.
— O placar de 3 a 0 refletiu o que foi o jogo. Tirando os minutos iniciais, em que tivemos o controle sem agredir muito, o Botafogo foi dominante. Marcamos mal e jogamos mal. Sou o grande responsável por isso. Não tivemos chance de ganhar. Eles criaram mais, marcaram melhor, fizeram mais faltas. Foi uma vitória inquestionável, afirmou Diniz.
O Vasco teve uma atuação muito abaixo da média e foi dominado do início ao fim pelo rival. O placar poderia ter sido ainda mais elástico, dada a diferença de desempenho entre as equipes. Essa foi a segunda derrota consecutiva do Cruz-Maltino no Brasileirão, após uma sequência positiva de resultados que havia afastado o time da zona de rebaixamento.
Diniz repetiu uma estratégia que já havia utilizado na partida anterior, contra o São Paulo: sacou um volante e recuou Matheus França para atuar como meia de ligação. A ideia, porém, não funcionou novamente. O meio-campo vascaíno ficou exposto, e o Botafogo aproveitou os espaços para ampliar o placar na etapa final.
— A qualquer momento eles (Barros e Hugo Moura) podem jogar juntos. Não tomamos o gol só pela ausência do Hugo. O time não vive só de sustentação. O jogador da posição é o Tchê Tchê. Nada impede de usar Barros e Hugo juntos. Hoje abrimos o meio de campo. Identificamos o jogo do Botafogo, que com o novo treinador joga muito pelo corredor central. A ideia era fechar o centro, mas tomamos muita bola por dentro e o time estava lento para reagir, explicou o técnico.
Diniz também destacou que o meio-campo precisa encontrar equilíbrio entre sustentação defensiva e criatividade ofensiva. Segundo ele, o problema não passa apenas por nomes, mas por um ajuste coletivo.
— Uma peça só não resolve. Se fosse só colocar os dois (volantes), o problema estaria solucionado. Precisamos ter celeridade, criação e equilíbrio. Hoje não tivemos nenhum desses fatores, concluiu.
Com o revés, o Vasco segue em busca de recuperação nas rodadas finais do Brasileirão, tentando reencontrar o desempenho que apresentou nas últimas semanas antes da queda de rendimento.