Rayssa Leal, de 17 anos, busca seu quarto título consecutivo no SLS Super Crown enfrentando uma pista de alto grau técnico no Ginásio do Ibirapuera, com final marcada para este domingo, 7 de dezembro de 2025.
Na busca pelo tetracampeonato do SLS Super Crown, Rayssa Leal deverá enfrentar uma pista de alto grau técnico, com dificuldade elevada, no Ginásio do Ibirapuera. A maranhense de 17 anos, que se classificou diretamente para a decisão, entra em ação neste domingo, 7, pelo quarto título consecutivo.
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O Terra ouviu Daniel Oristanio, arquiteto da California Skateparks, um dos responsáveis por projetar as pistas brasileiras da SLS desde 2013, para entender os desafios que Rayssa Leal poderá esperar na grande decisão.
"Para esse ano, [a principal diferença] é a sessão principal, onde rolam as manobras mais técnicas, a Big Section, que são as escadas e os corrimãos. A pista não é espelhada e tem um desafio técnico muito grande com corrimãos, com a borda central", explicou.
Além de considerar o grau técnico para o desenvolvimento da pista, Oristanio também precisa levar em conta o tamanho do Ginásio do Ibirapuera, palco do SLS Super Crown, que ele aponta como 'ligeiramente menor' que as outras arenas que recebem as etapas da liga ao redor do mundo.
"Então a gente tem que adaptar a geometria da pista para a geometria do lugar, porque a arena não vai crescer nem diminuir, né? Temos de tentar fazer essa adaptação", contou.
Para o arquiteto, a pista do SLS Super Crown de 2025 favorece os skatistas que optam por manobras mais técnicas: "Manobras com flip, manobra de switch, porque o caixote central está num ângulo que propicia essas manobras mais técnicas".
Classificada direto para a final, Rayssa Leal disputará a final contra a australiana Chloe Covell e as japonesas Coco Yoshizawa -- classificada na 1ª colocação no sábado --, Yumeka Oda, Funa Nakayama e Liz Akama. A brasileira, maior campeã da competição, tentará ampliar seu reinado neste domingo.
Destinação social
A pista que recebe alguns dos maiores nomes do skate street mundial, reunidos em São Paulo, não é apenas desmontada após a final do SLS Super Crown. Para manter o legado da trajetória esportiva, os obstáculos são destinados a pistas permanentes, ligadas a projetos sociais.
"Ao invés de simplesmente desmontar tudo e depois reciclar esse material para outros eventos, o que a gente também faz, tentamos pegar os obstáculos menores, que são transportáveis, e reposicionar eles em outros lugares", explicou Daniel.
"Então a galera vai andar nos mesmos obstáculos, corrimãos e bordas que os 'pros' andaram aqui, vão conseguir andar nas pistas públicas que estão espalhadas por aí. Traz esse lance de legado para a galera que vai andar aqui, e isso é muito importante", contou.
Tendo crescido sobre o shape de um skate, o arquiteto não dispensa aproveitar as pistas criadas por ele mesmo, aproveitando momentos em que a arena não está ocupada.
"É uma satisfação pessoal muito grande poder fazer o test-drive também na pista, eu não consegui ainda esse ano por causa da correria, vou ver se eu consigo dar um rolê depois. Mas é muito legal, é uma sensação, assim, de satisfação enorme, é uma alegria muito grande", finaliza.