Mesmo sem Zé Rafael e Raphael Veiga, dois de seus melhores jogadores, o Palmeiras manteve a excelência de suas últimas atuações e venceu de virada o São Paulo, por 2 a 1, no Morumbi, na noite dessa segunda (20), no complemento da 13ª rodada do Brasileiro. Há uma penca de observações possíveis a partir do desempenho do time no clássico. Resumindo todas elas, basta dizer que o Palmeiras tem hoje o melhor futebol do Brasil e dificilmente vai deixar escapar o título do campeonato nacional.
Zé Rafael e Raphael Veiga costumam jogar com Danilo e esse trio forma o mais destacado meio-campo do futebol do País. Sobra talento nesse setor palmeirense, tanto que Danilo foi recentemente convocado para a Seleção brasileira quando muita gente apostava que o escolhido por Tite seria Veiga.
Na frente, Dudu é uma formiguinha em fuga: arisco, tem um fôlego que impressiona qualquer praticante de crossfit. Leva vantagem sobre os marcadores na maioria das vezes, não desiste de ganhar na velocidade de seus adversários e, como não bastasse, esbanja uma técnica bastante apurada. Desfruta da companhia de Rony, outro que está sempre pronto para desequilibrar uma partida graças à sua visão de jogo e rapidez.
Falar desse concerto do Palmeiras sem citar Gustavo Scarpa seria uma afronta. Ele vem jogando o fino; um canhoto com alto poder de decisão com a perna direita, como no cruzamento milimétrico para Gustavo Gómez empatar a partida do Morumbi, já aos 45 minutos do segundo tempo. Foi de Scarpa também a assistência para o gol de Murilo, nos acréscimos.
A menção a Gustavo Gómez não se deu apenas pelo gol dessa segunda-feira. Ele é atualmente o melhor zagueiro em atividade no País. Ótimo no desarme, na antecipação, na saída de bola e com aproveitamento fora de série nas vezes em que se aventura no ataque. Tanto que é o artilheiro do Palmeiras no Brasileiro, com 6 gols, ao lado de Rony.
A defesa ainda se dá ao luxo de ter um goleiro de seleção, Weverton, aquele que emana confiança a todo o time. Marcos Rocha, às vezes Gabriel Menino, Luan, Murilo e Piquerez, embora um degrau abaixo de seus colegas de setor, compõem bem a retaguarda e seguem o fluxo. Todos muito bem orientados por Abel Ferreira, técnico português que vai colecionando títulos e grandes resultados pelo Palmeiras e assim aguça a inveja e até manifestações de xenofobia de colegas de ofício.