ANÁLISE: Gigante da América, Palmeiras teve ajuda essencial de sua frenética arquibancada

Verdão continua escrevendo seu nome na história da Libertadores ao atingir mais uma semifinal. Dessa vez, se faltou jogador em campo, a torcida certamente completou o time

11 ago 2022 - 06h36
(atualizado às 10h18)

O torcedor do Palmeiras viveu uma noite histórica na última quarta-feira, no Allianz Parque. A vitória heroica, nos pênaltis, diante do Atlético-MG, valeu vaga na semifinal da Libertadores e foi conquistada com dois jogadores expulsos. Para repor essas perdas, além da capacidade de Abel Ferreira e da entrega dos jogadores, o Verdão contou com o apoio insano e sem parar das arquibancadas.

Jogadores do Palmeiras comemoraram muito com a torcida dentro de campo (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Jogadores do Palmeiras comemoraram muito com a torcida dentro de campo (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Foto: Lance!

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Difícil dizer em qual patamar da história poderíamos colocar a festa que a torcida palmeirense fez antes, durante e depois da classificação do Alviverde na competição continental. Talvez seja comparável ao título da Copa do Brasil, em 2015, o primeiro do estádio novo, ou ao título paulista de 2022, como uma virada histórica sobre o rival. A verdade é que foi algo jamais visto nesses quase oito anos de Arena.

Sem parar de cantar um minuto sequer enquanto a bola rolou, o torcedor do Verdão fez o Allianz Parque tremer como poucas vezes já se viu e abafou a torcida adversária, que não tinha como reagir. Parecia até que as arquibancadas sabiam que o time precisaria delas mais do que nunca, e elas estavam lá para suprir as necessidades.

Primeiro após a expulsão de Danilo, ainda na etapa inicial, antes dos 30 minutos. No lugar de se assustar, ou diminuir o ímpeto, a torcida palmeirense passou a cantar ainda mais e mais alto. Quem viu, certamente ficou arrepiado com o que se tornou o Allianz naquele momento. Com os ajustes precisos de Abel Ferreira, a equipe parece ter absorvido esse apoio como se fosse um jogador a mais.

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Rony foi jogar como um lateral-direito sem a bola, Veiga e Zé Rafael fecharam por dentro, Scarpa foi para a ala esquerda, e Dudu ficou como o mais avançado do time. A estratégia, somada ao que se viu da torcida, deu certo e foram poucas as chances de perigo do Galo.

No entanto, a emoção não parou por aí, já que ainda viria mais uma expulsão, a de Gustavo Scarpa, no fim do segundo tempo. Naquele momento, a classificação parecia caminhar para um "milagre", mas mais uma vez a torcida alviverde tratou de compensar essa desvantagem numérica aumentando o tom dos cânticos e emanando a atmosfera incrível que foi criada em todos os setores da arena.

Mesmo para um gigante da América, cada vez mais temido no continente e cada vez maior na Libertadores em relação aos outros times brasileiros, o Palmeiras precisou desse apoio incondicional e insano das arquibancadas para criar forças para sair da situação adversa. Se essa sinergia "time e torcida" permanecer assim e for parecida com a da última quarta-feira, uma nova final pode vir aí.

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