Mir tenta de tudo, mas joga toalha ao natural em briga desigual na MotoGP 2021

Joan Mir fez um grande esforço para entrar na briga pelo título, mas acerta ao entender que não dá para extrapolar o limite nas corridas finais da temporada 2021 da MotoGP. Com isso, só em 2022 vai pensar no segundo campeonato

23 set 2021 - 04h47
(atualizado às 06h38)
Joan Mir ocupa a terceira posição no campeonato
Joan Mir ocupa a terceira posição no campeonato
Foto: Suzuki / Grande Prêmio

Joan Mir cruzou a linha de chegada do GP de San Marino na quinta posição. Uma punição, no entanto, o empurrou para sexto logo depois. Independente do resultado, o espanhol foi o grande derrotado da primeira passagem da MotoGP por Misano, vendo os rivais Francesco Bagnaia e Fabio Quartararo nas duas primeiras posições da prova. Com isso, a defesa pelo título ficou difícil, praticamente impossível, nas etapas finais.

A MotoGP ainda vai realizar mais quatro corridas nesta temporada — Américas, Emília-Romanha, Algarve e Comunidade Valenciana. Mir, porém, está 67 tentos atrás de Quartararo, o líder do campeonato. Bagnaia, o vice, aparece 19 pontos na frente. Com mais 100 em jogo, parece improvável essa remontada do piloto da Suzuki que levou a taça no ano passado.

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Ainda que tenha conquistado resultados positivos em 2021, Mir parece ter tirado mais do que era possível do equipamento em muitas ocasiões. Até o momento, foram cinco aparições no pódio, mas a ausência de vitórias é um ponto negativo, assim como quase foi em 2020.

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Joan Mir é o atual campeão da MotoGP, mas o bi está longe em 2021 (Foto: Suzuki)

Se na temporada anterior, o espanhol se aproveitou da falta de consistência dos rivais para ganhar ponto a ponto até assumir a liderança, não teve a mesma sorte. Com o domínio de Quartararo desde o início, Mir ainda teve Bagnaia encontrando um bom ritmo na Ducati. Por isso, não é incoerente ver o dono do trono jogando a toalha.

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"O campeonato já se foi. Me custa dizer e assumir, mas é assim. Com Pecco [Bagnaia], vou brigar pelo vice. Será o mais fácil que podemos tentar, mas queríamos mais. O pacote Bagnaia e Ducati é o mais forte agora, mas restam quatro corridas e vamos tentar até o fim", afirmou após o GP de San Marino.

"Tenho a sensação de que neste ano fiz de tudo que posso. Espero que minha melhor versão chegue antes de acabar a temporada. Se não, que apareça no começo do próximo ano", completou.

Ainda que três dos quatro circuitos restantes sejam positivos para a Suzuki — talvez Austin seja o pior —, a diferença de Quartararo para Mir é grande demais para ser revertida. Ficar atrás do francês na próxima etapa pode sacramentar o fim da briga para o atual campeão.

No fim, fica a sensação de que Joan Mir fez de tudo que era possível com uma Suzuki que derrapa demais e perde muitas oportunidades. Os muitos pódios e chances na trave foram um esforço grande demais e o terceiro lugar parece uma grande conquista. Mas será só isso.

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