Vários bairros do Rio registraram foguetórios no sábado (12), tão logo terminou a decisão do título do Mundial de Clubes. Não que a cidade tenha uma torcida numerosa pelo Chelsea, o novo campeão. A questão ali foi outra – a rivalidade que cresceu nos últimos anos entre Flamengo e Palmeiras.
Em locais da zona norte, como Madureira, Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz e Marechal Hermes, por exemplo, grupos de flamenguistas se reuniram em bares para acompanhar a final do Mundial pela TV. A cada gol do Chelsea – vitória por 2 a 1 -, comemoravam como se estivessem vendo o Flamengo jogar.
Os fogos em profusão foram ouvidos assim que a prorrogação acabou, com gritos eufóricos, e não publicáveis, que miravam o Palmeiras. Isso costuma ocorrer no Rio apenas quando o Flamengo está em campo e marca algum gol. Dessa vez, no entanto, a solidariedade ao Chelsea tinha a motivação de ver cair o clube que conquistou as duas últimas Libertadores e que, por pouco, não chegou desta vez a se sagrar campeão mundial.
Já no domingo (13), a zoação dos rubro-negros se estendeu às praias cariocas. Num quiosque do calçadão de Copacabana, em frente à Rua Duvivier, um grupo deles entoava um cântico no qual enfatizavam que o Palmeiras não tem mundial – o que, na verdade, nem mesmo a Fifa sabe dizer se isso procede ou não. A entidade ora dá a entender que o Palmeiras foi campeão mundial de 1951, ora descaracteriza aquela conquista.
