Ex-Santos e Atlético-MG, Robinho anuncia aposentadoria do futebol: "Não jogo mais"

4 jul 2022 - 16h06

O atacante Robinho, aos 38 anos, está aposentado do futebol profissional. Ídolo do Santos e com passagens por vários clubes pelo mundo, o agora ex-jogador revelou que abandonou a carreira depois da condenação final na Justiça da Itália, em janeiro deste ano, pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa dentro de um clube noturno de Milão em 2013, quando jogava pelo Milan. Agora o que ele quer é distância da imprensa.

"Não quero dar entrevista nenhuma. Se puder deixar eu e minha família em paz, fico agradecido! Você estava pedindo posicionamento do Santos porque entrei lá. Santos sempre foi e sempre será minha casa. Não tem nenhum personagem mais importante pra vocês falarem?", escreveu Robinho em uma mensagem de texto ao site UOL. "Não jogo mais! Não publico minha vida na internet, e vocês continuam falando de mim. Tem muitas pessoas querendo dar entrevista, aparecer. Eu só quero que vocês me deixem em paz", finalizou.

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Robinho estava sem clube desde 28 de fevereiro de 2021, quando se encerrou seu contrato com o Santos. Essa última passagem pelo clube santista, no entanto, não teve o jogador em campo. Inúmeras críticas à sua contratação no ano anterior, quando o atacante já havia sido condenado em primeira instância na Itália, fizeram a diretoria recuar e suspender o vínculo.

Antes, Robinho brilhou em campo nas duas passagens pelo Santos. Na primeira, no início dos anos 2000, foi a mais destacada. Em uma geração de ouro dos Meninos da Vila, o atacante foi bicampeão do Brasileirão, em 2002 e 2004, junto com Diego, Renato, Diego Costa, Elano e cia. Anos depois, voltou e conquistou a Copa do Brasil de 2010 e o Paulistão em 2010 (junto com Neymar e Paulo Henrique Ganso) e em 2015.

Após sua primeira passagem pelo Santos, Robinho foi vendido ao Real Madrid em 2005. Passou também pelo Atlético-MG, Manchester City, Guangzhou FC (China) e Sivasspor (Turquia).

Relembre o caso de estupro

Segundo o depoimento da vítima e a reconstrução dos fatos, a jovem albanesa que tinha 22 anos na época estava na mesma boate que Robinho e um grupo de amigos, em janeiro de 2013, mas só se juntou a eles após a esposa do jogador voltar para casa. Eles então teriam oferecido bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".

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De acordo com o Ministério Público de Milão, o grupo levou a jovem para um camarim e, se aproveitando de seu estado de embriaguez, mantiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais com elas". Outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados.

Mesmo sem a publicação das motivações, o Ministério Público de Milão encaminhou, no dia 15 de fevereiro deste ano, o pedido de prisão internacional dos dois condenados - Robinho e o amigo Ricardo Falco - para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, já fez o pedido formal ao Brasil no dia seguinte.

No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos por crimes cometidos em outras nações. Com isso, a chance dos dois cumprirem a pena na Itália é mínima e só poderá ocorrer se ambos viajarem para países que tenham acordos de extradição com Roma - caso de cerca de 70 nações no mundo, incluindo os todos os 27 Estados-membros da União Europeia, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.

Gazeta Esportiva
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