Resumo
O Corinthians consolida sua hegemonia no futebol feminino com conquistas históricas, gestão eficiente, engajamento da torcida e legado inspirador, buscando o heptacampeonato do Brasileirão no próximo domingo.
Cruzeiro e Corinthians na final do Brasileirão Feminino
Foto: Luciano Brew/Especial para o Terra
Dono de seis títulos e maior campeão do torneio, o Corinthians busca o hepta do Campeonato Brasileiro Feminino A1 no próximo domingo, 14, no jogo de volta da final contra o Cruzeiro. Independentemente do resultado, a nona participação consecutiva na final do Brasileirão ressalta a hegemonia do Alvinegro Paulista no futebol feminino e dá aula aos demais clubes sobre a importância de investimentos na modalidade.
Fundada em 1997, a equipe feminina de futebol do Corinthians passou por diferentes períodos de instabilidade. O auge da crise se deu em 2009, sob a gestão de Andrés Sanchez que, após contratar Cristiane e sonhar com Marta -- ambas vice-campeãs olímpicas nos Jogos de Pequim --, optou por desativar o projeto e dispensar as jogadoras, dada a falta de verba em caixa.
A equipe feminina foi retomada em 2016, por meio de uma parceria com o Audax, e o que se sucedeu é digno de filme: o Corinthians se tornou pentacampeão da Copa Libertadores (todas de maneira invicta), conquistou seis Brasileirões em oito finais disputadas, três Supercopas, uma Copa do Brasil, quatro Estaduais e uma Copa Paulista, totalizando 20 títulos entre 2016 e 2024.
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Cruzeiro e Corinthians se enfrentam pelo jogo de ida da final do Brasileirão Feminino. O primeiro jogo será no estádio Independência, em Belo Horizonte
Foto: Luciano Brew/Especial para o Terra
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Cruzeiro e Corinthians se enfrentam pelo jogo de ida da final do Brasileirão Feminino. O primeiro jogo será no estádio Independência, em Belo Horizonte
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Cruzeiro e Corinthians se enfrentam na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians se enfrentam na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians se enfrentam na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians pela ida da final do Brasileirão Feminino
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Corinthians marca primeiro gol contra o Cruzeiro na ida da final do Brasileirão Feminino
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Corinthians marca primeiro gol contra o Cruzeiro na ida da final do Brasileirão Feminino
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Corinthians marca primeiro gol contra o Cruzeiro na ida da final do Brasileirão Feminino
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Corinthians marca primeiro gol contra o Cruzeiro na ida da final do Brasileirão Feminino
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Corinthians marca primeiro gol contra o Cruzeiro na ida da final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro marca o primeiro gol contra o Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro marca o primeiro gol contra o Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro marca o primeiro gol contra o Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro marca o primeiro gol contra o Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro marca o primeiro gol contra o Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians pela final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Cruzeiro e Corinthians na final do Brasileirão Feminino
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Abaixo, o Terra elenca quatro pontos que explicam a 'virada de chave' que levou as Brabas a se tornarem a maior potência do futebol feminino da América Latina. Confira:
Parceria de sucesso com Audax
A retomada do projeto de futebol feminino do Corinthians se deu com a parceria entre a diretoria alvinegra e o Grêmio Osasco Audax, anunciada em 27 de janeiro de 2016. O dia pode ser considerado um divisor de águas na história do clube de Itaquera na modalidade.
O acordo, que durou duas temporadas, marcou as primeiras grandes conquistas do Corinthians nesta reformulação da equipe feminina: a equipe se sagrou campeã da Copa do Brasil em 2016 e, com a vaga para a Libertadores de 2017, levantou o primeiro título continental de maneira invicta, vencendo o Colo-Colo, do Chile, nos pênaltis.
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A parceria entre Corinthians e Audax terminou ao fim de 2017 e, mesmo perdendo a vaga para a Libertadores do ano seguinte (que ficou com a equipe de Osasco), o Corinthians conseguiu solidificar a base para uma sólida gestão sobre seu futebol feminino.
Cris Gambaré, ex-diretora de futebol feminino do Corinthians
Foto: Divulgação/Corinthians
Gestão de Cristiane Gambaré
Integrada ao futebol feminino do Corinthians desde a reformulação do projeto e conselheira do clube, Cris Gambaré deixou o Conselho e assumiu o cargo de diretora da modalidade do Corinthians em 2018, após o fim da parceria com o Audax -- que ela ajudou a formular.
O modelo de gestão que Cristiane desenvolveu no Corinthians se tornou exemplo: quando ela deixou o cargo para assumir a Coordenadora Técnica de Seleções Femininas da CBF, em março de 2024, o departamento de futebol do clube contava com 150 pessoas, entre atletas profissionais e de base, comissões técnicas e estafes.
Durante seu trabalho no Corinthians, Cristiane chamou a atenção pela 'verticalização'. Apostando no planejamento estratégico para o desenvolvimento das jogadores desde as categorias de base, o Corinthians mantém a sustentação de seu elenco com atletas formadas com a mentalidade vitoriosa.
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Cruzeiro x Corinthians: o primeiro jogo da final atendeu às expectativas?
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Engajamento da torcida
A adesão das torcidas às partidas de futebol feminino sempre foi o 'x da questão' para os clubes, mas não para o Corinthians. Diferentemente de outras equipes, que cedem arenas alternativas às equipes femininas, o Alvinegro Paulista promove duelos decisivos das Brabas na Neo Química Arena.
Foi o caso da decisão do Campeonato Brasileiro de 2022, contra o Internacional, quando mais de 41 mil torcedores lotaram as arquibancadas da arena corintiana em Itaquera, então recorde de público para uma partida de futebol feminino na América do Sul, com a renda bruta de R$ 900.981,00.
Não obstante, o Corinthians é dono das cinco maiores bilheterias da história do futebol feminino no Brasil. O maior público conquistado até hoje foi de 44.529 torcedores na Neo Química Arena, no jogo de volta da final do Brasileirão de 2024, contra o São Paulo.
O apoio também se dá nas redes sociais. Com identidade forte, as Brabas contam com a própria equipe de mídia e marketing e acumulam mais de 2 milhões de seguidores em um perfil no Instagram.
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Última partida de Arthur Elias no comando do Corinthians feminino; técnico atuou em mais de 300 partidas pelo clube e levantou 16 títulos
Foto: Divulgação/Corinthians
'Bola de neve' de conquistas históricas
Ainda durante a parceria com o Audax, o Corinthians apostou no jovem Arthur Elias, que, à época, já era campeão brasileiro com o Centro Olímpico, para o comando técnico das Brabas. Os frutos do 'casamento' são conhecidos por todos: até sua convocação para a Seleção Brasileira Feminina, o treinador levantou 16 troféus com a equipe de Itaquera.
Arthur Elias pouco soube o significado de derrotas no comando do Corinthians: nos 20 jogos do Campeonato Brasileiro de 2018, entre classificatórias e mata-mata, o time teve 15 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, levando a final sobre o São José com o placar agregado de 4 a 0.
Em meio a tantos troféus, o Corinthians ainda alcançou, em setembro de 2019, a impressionante marca de 34 vitórias consecutivas, à época considerado um recorde mundial, entre times femininos e masculinos, sendo reconhecido pelo Guiness World Records.
No último ano da parceria entre Arthur Elias e Cristiane Gambaré, em 2023, o Corinthians também fez história ao levar a Quádrupla Coroa do futebol: levou a Supercopa do Brasil, o Campeonato Brasileiro, a Libertadores e o Campeonato Paulista. Na ocasião, também foi eleito 3° melhor clube do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS, sigla em inglês).
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As conquistas reforçam a mentalidade campeã, a segurança do trabalho desenvolvimento internamente no clube e, principalmente, inspira futuras jogadoras a se aproximarem do esporte.