Fair Play Financeiro: CBF terá órgão independente para fiscalizar e punir clubes

Comissão será formada por profissionais do mercado e deve ser estruturada até 2026; punições incluem até rebaixamento

12 nov 2025 - 20h06
Auditório da CBF recebeu representantes de clubes, federações e convidados para apresentação do modelo de Fair Play Financeiro –
Auditório da CBF recebeu representantes de clubes, federações e convidados para apresentação do modelo de Fair Play Financeiro –
Foto: : Junior Souza / CBF / Jogada10

A CBF anunciou, na última terça-feira (11/11), a criação de um órgão com atuação independente que será responsável por fiscalizar e aplicar as regras do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. A nova entidade, portanto, terá a responsabilidade de gerir o novo sistema de controle de gastos. A decisão ocorreu após a última reunião sobre o tema, que juntou clubes, federações e consultores na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

O novo órgão deve ser estruturado até o início de 2026 e será composto por profissionais do mercado, ligados diretamente ao setor financeiro. A estrutura, aliás, será semelhante à da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas). Com esta medida, a CBF espera que a aplicação das regras tenha mais capacidade de execução. Afinal, as normas farão parte de um "regulamento interno", sem depender de denúncias externas, como ocorria em sistemas anteriores.

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Auditório da CBF recebeu representantes de clubes, federações e convidados para apresentação do modelo de Fair Play Financeiro –
Foto: : Junior Souza / CBF / Jogada10

Fair Play Financeiro prevê sanções duras para quem não cumprir regras

A confederação implementará o Fair Play Financeiro de forma gradual. O objetivo é permitir que os clubes possam se adaptar ao novo cenário. No entanto, o regulamento prevê sanções duras para quem não cumprir as regras estabelecidas. As punições, que também ocorrerão de forma escalonada, incluem desde multas financeiras até a proibição de contratar jogadores (o "transfer ban"). Em casos mais graves, o clube poderá sofrer perda de pontos ou até mesmo o rebaixamento.

Este novo modelo é, portanto, muito mais amplo que o sistema tentado há 10 anos. O regulamento anterior, que focava apenas em atrasos salariais, fracassou com raras punições. Agora, o controle olhará para o endividamento público, impasses entre clubes e o controle de gastos gerais. O projeto, enfim, está em sua fase final de formulação. Os clubes, inclusive, ainda podem mandar sugestões até a próxima sexta-feira (14/11). A CBF, por fim, apresentará o modelo definitivo no evento Summit CBF Academy, no dia 26 de novembro.

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