Caso Eliza Samudio ganha documentário

Morte da modelo Eliza Samudio, a mando do goleiro Bruno Fernandes, à época no Flamengo, causou grande repercussão no país em 2010

10 set 2024 - 11h44
Atualmente, Bruno, condenado como mandante do assassinato de Eliza Samudio, cumpre a pena em liberdade condicional –
Atualmente, Bruno, condenado como mandante do assassinato de Eliza Samudio, cumpre a pena em liberdade condicional –
Foto: Renata Caldeira/TJMG / Jogada10

O caso do assassinato de Eliza Samudio ganhará um documentário. A morte da então modelo em 2010, à época com 25 anos, chocou o país, principalmente pelo mandante do crime, o goleiro Bruno Fernandes, então titular do Flamengo. A produção "A vítima invisível: o caso Eliza Samudio" estreia em 26 de setembro.

O documentário tem direção de Juliana Antunes e traz luz a trajetória de Eliza, além de enfatizar os eventos que antecederam o desaparecimento da modelo, tudo sob o ponto de vista da própria vítima. Além disso, a produção exibirá "detalhes inéditos do caso e que foram negligenciados na época".

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Hoje em liberdade condicional, Bruno foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão em março de 2023, pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza, além de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do goleiro com a modelo. O ex-Flamengo também chegou a ser condenado por ocultação de cadáver. Porém, a pena acabou extinta após a Justiça entender que houve prescrição do crime.

Documentário traz detalhes da relação entre Eliza e Bruno

O caso entre Eliza e Bruno teve início em 2009. Os dois teriam se conhecido por meio de amigos e conhecidos. No mesmo ano, em maio, a modelo descobriu a gravidez de Bruninho. Segundo relatos dela, o goleiro se mostrou disposto a dar apoio em um primeiro momento, mas logo depois começou a agredi-la. Meses mais tarde, Eliza registrou queixa na polícia devido à agressões, ameaça e sequestro.

Em dos episódios relatados pela modelo, Bruno a teria obrigado a tomar pílulas abortivas. Na sequência, o goleiro a agrediu com tapas, enquanto homens com armas apontadas para ela ajudaram na ação. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses.

Desfecho trágico

Atualmente, Bruno, condenado como mandante do assassinato de Eliza Samudio, cumpre a pena em liberdade condicional –
Foto: Renata Caldeira/TJMG / Jogada10

No dia 4 de junho de 2010, Eliza Samudio saiu do Rio de Janeiro para encontrar com Bruno em Belo Horizonte. Confiante na promessa feita pelo goleiro de que teria um apartamento e o reconhecimento da paternidade do filho, a jovem modelo seguiu viagem com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, secretário e melhor amigo do jogador. No porta-malas havia um menor armado escondido.

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Após seis dias do sequestro, Eliza acabou conduzida até a casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. De acordo com relatos dos envolvidos, presentes  no inquérito policial e também no processo penal, Bola teria estrangulado e matado a modelo. Posteriormente, o corpo foi esquartejado e até hoje segue desaparecido.

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