Petraglia tem razão? Compare números de Santos e Athletico-PR dos últimos anos

28 jun 2022 - 13h30

Na segunda-feira, durante a coletiva de apresentação de Fernandinho, o CEO do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, falou sobre o Santos. Segundo o presidente do Conselho Administrativo, o Furacão ultrapassou o Peixe "de trator".

"Falar em Santos? O Athletico passou o Santos de trator. Não passou naquilo que levam anos, dezenas, décadas, que é formação de torcida, mas no resto… O quê o Santos significa perto do Athletico-PR? O Santos não tem teto, baixou seu teto porque está quebrado", afirmou o dirigente.

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De acordo com o Relatório Convocados, levantamento publicado pela XP Investimentos em junho, que aborda finanças, história e mercado do futebol brasileiro, o time paulista fica à frente do clube paranaense em dois aspectos relativos a receitas (publicidade/marketing e venda de atletas). Por outro lado, vive pior momento em três (bilheteria/sócio-torcedor, direitos de transmissão e receitas totais).

Receitas

Inicialmente, quanto às arquibancadas, o Peixe possui a oitava maior torcida do Brasil, formada por cerca de 5,5 milhões de pessoas - 3,3% dos torcedores brasileiros. O Furacão, por sua vez, registrou 1% no quesito e 1,7 milhão de fãs.

Ainda sobre a torcida, o Santos ganhou R$ 62,3 milhões com bilheteria e planos de sócio-torcedor entre 2019 e 2021. No mesmo período, o Athletico-PR esteve bem à frente no quesito: recebeu R$ 115,5 milhões.

Em relação à publicidade e ao marketing, o Santos faturou R$ 42,5 milhões em 2021, e o Athletico-PR, R$ 30,8 milhões. Expandindo o recorte para os últimos três anos, o Peixe teve R$ 87,6 milhões dessas receitas desde 2019, enquanto o Furacão contou com R$ 72,2 milhões.

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Entre os anos de 2019 e 2021, o Peixe também gerou mais receitas a partir de venda de jogadores: R$ 330,6 milhões. Nesse período, o Furacão recebeu R$ 295,5 milhões por atletas que deixaram o clube.

Já acerca dos direitos de transmissão, o Santos recebeu R$ 433,4 milhões no mesmo recorte citado. O Athletico-PR, por sua vez, fica à frente neste tipo de ganho: R$ 455,1 milhões.

Levando em conta as receitas totais entre 2020 e 2021, o time paulista também fica em desvantagem. São R$ 566 milhões diante dos R$ 573 milhões referentes ao clube paranaense.

Gastos

De forma geral, o Santos teve R$ 460 milhões de custos e despesas entre 2020 e 2021. No mesmo período, o Athletico-PR contou com apenas R$ 173 milhões. Especificamente sobre a remuneração de todos os funcionários, o Alvinegro gastou R$ 312 milhões, e o time curitibano, R$ 203 milhões.

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Entre 2019 e 2021, o Peixe desembolsou menor quantia do que o Furacão em investimento no elenco: R$ 104 milhões contra R$ 118 milhões. Por outro lado, gastou mais nas categorias de base desde 2017: R$ 63 milhões diante de R$ 40 milhões.

Em relação às dívidas líquidas de 2021, vale dizer que elas resultam praticamente em um empate. Neste sentido, o Santos acumula R$ 448 milhões, e o Athletico-PR, R$ 450 milhões.

Desempenho

Dentro de campo, o Athletico-PR vive melhor momento do que o Santos, que não levanta um troféu desde 2016, quando faturou o Campeonato Paulista. Em contrapartida, o Furacão ganhou, desde então, duas Copas Sul-Americanas (2018 e 2021), uma Copa do Brasil (2019) e quatro Campeonatos Paranaenses (2016, 2018, 2019 e 2020).

Por fim, ainda cabe citar o desempenho das equipes em âmbito estadual e nacional. Nos últimos dois anos, o Santos só se salvou do rebaixamento no Paulistão na última rodada. Já no Campeonato Brasileiro, vive momentos inconstantes desde 2016, sendo vice-campeão e também sendo décimo colocado duas vezes. Algo semelhante aconteceu com o Athletico-PR: variou entre as partes de cima e de baixo da tabela.

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Gazeta Esportiva
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