Fluminense vê cenários complicados na Sul-Americana e tem poucos exemplos recentes de placar elástico

Tricolor precisa vencer por seis gols de diferença e torcer para Junior Barranquilla e Unión Santa Fe empatarem na Colômbia para avançar

26 mai 2022 - 06h26
(atualizado às 10h52)
Fluminense tem jogo decisivo pela continuidade na Copa Sul-Americana (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Fluminense tem jogo decisivo pela continuidade na Copa Sul-Americana (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Foto: Lance!

O debate nas redes sociais na última semana foi sobre levar ou não os titulares para o jogo da vida do Fluminense na Copa Sul-Americana nesta quinta-feira, na Bolívia, diante do Oriente Petrolero (BOL). Fernando Diniz optou por viajar com o que tem de melhor. Com apenas 2,3% de chances de classificação, de acordo com o site "Chance de Gol", o Tricolor faz contas milimétricas para saber se ainda pode sonhar.

A maneira mais "simples" de avançar é vencer o Petrolero por seis gols de diferença e torcer por um empate de qualquer placar entre Junior Barranquilla (COL) e Unión Santa Fe (ARG). Isso garantiria o Tricolor sem qualquer necessidade de matemática.

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Nem o 5 a 0 para o Fluminense com um 0 a 0 no outro confronto adianta. Os brasileiros empatariam com o Junior em quase todos os critérios: saldo (+6), gols pró (10) e gols como visitante (5). A decisão, então, ficaria com o ranking da Conmebol e os colombianos estão cinco posições acima (25º contra 30º).

A outra alternativa seria ganhar por qualquer outra diferença de cinco gols (6 a 1, 7 a 2, 8 a 3, por exemplo), ampliando a vantagem de gols como visitante. Caso o empate do Junior seja por poucos gols, o Flu ainda poderia passar pelo segundo critério, o de gols pró. Ou seja, além de precisar fazer o ataque funcionar como nunca antes na temporada, o Tricolor também necessita fechar a defesa para não levar sustos. O Oriente Petrolero marcou só duas vezes no torneio.

Além de uma combinação de resultado, o time de Fernando Diniz precisa repetir uma diferença de gols que não acontece há 14 anos. Mesmo que o Petrolero tenha se tornado o saco de pancadas do grupo com zero pontos e 13 gols sofridos em cinco partidas, faz tempo desde que a equipe sofreu seis gols longe da altitude.

Mesmo sendo da Bolívia, o clube não conta com isso a seu favor por estar em Santa Cruz de la Sierra. Em 2020 e 2013, pelo campeonato local, foi derrotado pelo The Strongest por 7 a 0 (a 3.600m de altura) e Bolívar por 6 a 0 (3.640m de altitude), respectivamente. Em condições normais, a última vez foi na Libertadores de 2006 para o River Plate (ARG) por 6 a 0.

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Dodô fez um golaço na vitória do Fluminense por 6 a 0 em 2008 (Foto: Julio Cesar Guimaraes/ Lancepress!)
Foto: Lance!

EXEMPLOS PARA O FLUMINENSE

A missão é tão difícil que o Fluminense conseguiu cumprir apenas cinco vezes no Século XXI. Para piorar, a única vez que isso aconteceu fora de casa foi na Libertadores de 1971. Naquele ano, o Flu venceu o Deportivo Itália (VEN) por 6 a 0, no Estádio Olímpico de Caracas. Aquele time era o atual campeão brasileiro em 1970.

Mas considerando os jogos no Rio de Janeiro, o Fluminense bateu o América-RJ por 8 a 0 em janeiro de 2002, no Estádio Giulitte Coutinho. O duelo foi válido pela segunda rodada do Torneio Rio-São Paulo. Atual treinador, Fernando Diniz, inclusive, estava em campo. Já em outubro de 2004, o Flu atropelou o Juventude por 7 a 1 no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Em janeiro de 2006, o Tricolor goleou o Nova Iguaçu por 6 a 0 novamente no estádio Giulitte Coutinho, na segunda rodada da Taça Guanabara. Já na Copa do Brasil de 2007, quando terminou campeão, o Fluminense bateu o Adesg, do Acre na estreia. No duelo de volta, venceu por 6 a 0 no Maracanã. Nomes como Thiago Neves e Thiago Silva, por exemplo, marcaram.

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O triunfo mais marcante é contra o Arsenal de Sarandí, da Argentina, o último com essa diferença de gols. Em março de 2008, o Fluminense bateu os argentinos por 6 a 0 no Maracanã pela segunda rodada do Grupo 8 da Copa Libertadores.

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