Ótimo resultado obteve o Flamengo ao derrotar o Tolima por 1 a 0, nessa quarta (29), na Colômbia. Encaminhou a classificação para as quartas de final da Libertadores, o que terá de sacramentar em 6 de julho no Maracanã, com a vantagem do empate. Vitória à parte, e em que pesem desfalques por lesões e surto de covid, o Flamengo mais uma vez mostrou pouco e reforçou as dúvidas sobre seu futuro na temporada.
Lentidão, espaço generoso (dado ao adversário) entre seus jogadores de defesa e os de meio-campo e uma inoperância de saltar aos olhos no ataque. O Flamengo, conhecido historicamente por seu poderio ofensivo, também pecou no ataque: só finalizou duas vezes na direção ao gol do Tolima – numa delas, Andreas Pereira marcou, num chute com estilo de fora da área, surpreendendo o goleiro Alexander Dominguez, que é da seleção do Equador.
Sem Bruno Henrique, que só deve voltar no segundo semestre do ano que vem por causa de um problema no joelho direito, e com Gabigol bem longe do que produzira nos últimos anos, o Flamengo convive com altos e baixos de Everton Ribeiro e com defeitos na defesa que expõem qualquer goleiro que for escalado – já sentiram isso na pele Hugo Souza, Diego Alves, Gabriel Batista, Cesar e, agora, Santos é a bola da vez. Aliás, registre-se, o Fla só voltou para o Rio com os três pontos graças à excelente atuação dele.
Junte-se a isso as trocas de comando técnico nos últimos três anos – Dorival Jr é o quinto treinador do clube pós-Jorge Jesus – e a impaciência da torcida com o desequilíbrio entre investimento no time e produção em campo, para que se deixe no ar o que vai vir até dezembro. Na Libertadores, por exemplo, passando pelo Tolima, o Fla vai enfrentar Corinthians ou Boca Jr. Já seria um cenário bem diferente.
Na Copa do Brasil, perdeu o primeiro duelo das oitavas para o Atlético-MG (2 a 1) e terá que dar o troco em 13 de julho, no Maracanã. Outro risco forte de eliminação. Enquanto isso, no Brasileiro, faz campanha vexatória, em 9º lugar, com 11 pontos a menos que o líder Palmeiras.