Todo mundo sabe que o futebol de resultados predomina no Brasil e que, por isso, técnico de time grande que tem três tropeços seguidos já fica sob ameaça de perder o emprego. Recém-contratado para o lugar de Paulo Sousa no Flamengo, Dorival Júnior amargou na quarta-feira (22) a segunda derrota, ambas contra o Atlético-MG, em apenas três jogos de trabalho pelo clube.
Tem agora a obrigação de conduzir o Rubro-Negro a uma vitória neste sábado (26), contra o América-MG, no Maracanã. Teoricamente, o Flamengo é o favorito, pois possui um elenco de mais qualidade. Mas, se levarmos em consideração a produção dos dois times no Brasileiro, a tendência é que a partida seja equilibrada.
Fla e América-MG somaram até agora 15 pontos cada, na competição, ambos com quatro vitórias, três empates e seis derrotas. Os cariocas estão em 14º e os mineiros, em 16º. Entre eles, surge o Coritiba, com a mesma pontuação. O que os separa é o saldo de gols.
Embora o Flamengo tenha atuado bem, principalmente no primeiro tempo da nova derrota (2 a 1) para o Atlético-MG, na quarta (22), no Mineirão, em jogo válido pela Copa do Brasil, Dorival sentiu o desconforto dos torcedores com o resultado – antes, no domingo, o Atlético-MG vencera por 2 a 0, pelo Brasileiro – e foi alvo de críticas de vários deles por ter substituído Everton Ribeiro e depois Andreas Pereira, na segunda etapa desse último clássico.
Os dois não estavam mal e eram os únicos que levavam algum perigo ao gol de Everson. O treinador já começa assim a contabilizar os problemas que vão trilhando sua passagem pelo Flamengo. O mais grave deles até o momento é a ausência de Bruno Henrique dos gramados – só deve retornar às atividades de jogo em pelo menos dez meses, por causa de uma lesão no joelho direito.
Dorival Júnior chegou ao Fla como técnico-tampão, com contrato até dezembro. É o quinto técnico do clube desde a campanha vitoriosa de Jorge Jesus em 2019. Todos tombaram pelo caminho: Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho e, por fim, Paulo Sousa.
