Em busca da segunda Olimpíada, Giovanni Vianna enxerga o skate como profissão ‘diferente das outras’

Atleta, que representou o Brasil em Tóquio-2020, reconhece que modalidade está cada vez mais profissional, mas crê que nível de dedicação é

7 dez 2025 - 04h59
Giovanni Vianna é esperança do Brasil no skate
Giovanni Vianna é esperança do Brasil no skate
Foto: Pablo Vaz/SLS

Os torneios de skate devem ser competitivos ou só uma ‘sessão’ do esporte? O debate sobre é antigo e reacende a cada grande campeonato que começa, mas não há uma resposta unânime. Giovanni Vianna, que competiu em Tóquio-2020, é um dos que acredita ter pontos positivos nos dois lados, mas vê na modalidade um diferencial que nenhuma outra tem.

Para ele, não é necessário ter uma rotina estritamente profissional, de muita repetição, para brilhar no esporte --cada um leva de um jeito. A pressão aumenta mais é quando chegam patrocínios, compromissos com a mídia e todos os outros aspectos que fizeram o skate chegar ao patamar de esporte olímpico.

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“Virou uma profissão”, analisou Giovanni em entrevista exclusiva ao Terra. “Acho que todas as modalidades, a partir do momento que viram algo que você tem que fazer, acaba virando um trabalho”. Só que não é um trabalho como todos os outros. “Aquele que você tem um horário… isso não existe”, ressaltou o atleta.

“Eu, particularmente, só treino físico, mas para andar de skate eu nunca treinei. Para mim, é uma sessão de skate, é um dia que eu saio para andar. Não saio pensando: ‘ah, tenho que acertar essa manobra, essa linha dez vezes’. Não, isso é algo que só faço em campeonato”, explicou o skatista. Em suma, curtir o esporte é o que faz ser melhor nele.

Giovanni Vianna é esperança do Brasil no skate
Foto: Pablo Vaz/SLS

Giovanni apontou, porém, que isso não é uma regra, mesmo com essas nuances do skate, e que muda para cada praticante. “Tem gente que leva de um jeito mais profissional. Pega uns dias antes e treina tudo o que vai fazer”, disse, acreditando que, no fundo, o fator mais decisivo acaba sendo o psicológico.

“O trabalho mental vai acabar mudando bastante, porque vem a pressão, os patrocínios, tudo que a gente fica em evidência. Assim, vai mudar bastante o lado psicológico do skate, que sempre foi algo tão ‘foda-se’. Isso, realmente, vai vir mais fundo ainda”, concluiu o representante do país do skate street.

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Giovanni Vianna é um dos brasileiros na disputa do Super Crown 2025, disputado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, nos dias 6 e 7 de dezembro. Além dele, outros nomes da modalidade como Rayssa Leal e Filipe Mota também movimentarão o campeonato.

Fonte: Portal Terra
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