Técnico credita queda dos mais experientes às mudanças táticas no Corinthians

27 mai 2022 - 21h05

Questionado sobre a queda de produção de atletas mais experientes do Corinthians, como Renato Augusto e Willian, Vítor Pereira justificou o fato com as mudanças táticas promovidas por ele nos jogos recentes. De acordo com o treinador, as variações de sistema prejudicaram, sobretudo, alguns medalhões.

"Começamos a trabalhar em 4-3-3. No pouco tempo que tínhamos, começamos a dinamizar o sistema ofensivamente, mas estávamos com problemas. A pressão forte que queremos fazer na perda de bola, muitas vezes essa pressão estava sendo superada com alguma facilidade. A forma como pressionávamos não estava sendo efetiva. O que pensamos? Pensamos que tínhamos que arrumar um sistema alternativo que nos permitisse ser competitivos em alguns jogos", comentou.

Publicidade

"Hoje cheguei à conclusão que essa alternância de sistemas nos fez perder qualidade de jogo. Mas, só iria saber depois de experimentar. Então, hoje temos um Corinthians que não tem jogado no nível que eu gostaria que jogasse. Os resultados às vezes estão melhores que as exibições, mas, no sentido de dar a resposta, teve esse problema que sentimos", prosseguiu.

No caso de Renato Augusto, sua mudança de posicionamento no meio-campo o fez ser bem menos efetivo, embora Vítor Pereira tenha imaginado que, assim, ele se desgastaria menos na fase defensiva.

"O Renato jogava só do lado esquerdo, com uma dinâmica com lateral-esquerdo e extremo esquerdo, que muitas vezes é o Willian. Essa ligação entre eles o tornava mais influente. Como nós quisemos dar resposta em termos defensivos aos problemas que tínhamos, deslocamos o Renato pra direita para ele não ter que ser o jogador que fica lado a lado com o volante, defendendo em 3-4-3, ficava mais avançado. Mas, essa alteração de função o prejudicou. Provavelmente arranjamos um problema novo ao tentar encontrar uma solução. Vamos tentar encontrar soluções. Às vezes acertamos, outras vezes não", pontuou Vítor Pereira.

Já em relação ao Willian, o técnico do Corinthians também enfatizou a forte marcação que seu jogador vem enfrentando justamente por ser uma das referências técnicas do elenco alvinegro.

Publicidade

"O Willian, naturalmente, começa a perceber que tem uma marcação muito mais agressiva, com o primeiro e o segundo jogadores adversários batendo. Para se reinventar e ter aquela explosão de um contra um, não pode ser só pra dentro, tem que começar a ir pra fora, criar opções novas. Com o Willian está sendo assim. O mesmo acontece com o Renato, marcações mais apertadas, individuais. Mas, naturalmente, há de se encontrar os meios de se reinventarem para começar a funcionar o individual a serviço do coletivo", concluiu.

Gazeta Esportiva
Fique por dentro das principais notícias de Futebol
Ativar notificações