Sylvinho lamenta primeiro revés em clássico com o Corinthians e nega que jovens 'tremeram' em partidas fora

Técnico admite atuação ruim contra o São Paulo e não vê atletas vindos da base sentirem a pressão nas duas derrotas sofridas como visitantes em jogos que tiveram torcida dos rivais

19 out 2021 - 08h02
(atualizado às 08h02)

Desde quando as partidas deste Campeonato Brasileiro passaram a contar com a liberação da presença de torcedores nos estádios, o Corinthians conquistou duas vitórias em casa e sofreu duas derrotas como visitante, sendo a última delas por 1 a 0 para o São Paulo, na noite desta segunda-feira, no Morumbi. E neste confronto no campo do Tricolor, o técnico Sylvinho acabou perdendo a sua invencibilidade em clássicos sob o comando do time alvinegro.

Sylvinho sofreu duas derrotas seguidas fora de casa e domingo pega Inter no Sul (Foto: Felipe Szpak/Ag. Corinthians)
Sylvinho sofreu duas derrotas seguidas fora de casa e domingo pega Inter no Sul (Foto: Felipe Szpak/Ag. Corinthians)
Foto: Lance!

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Nos dois duelos diante da Fiel na Neo Química Arena, ocorridos após longo período de portões fechados por causa da pandemia da Covid-19, o Timão bateu o Bahia por 3 a 1 e o Fluminense por 1 a 0, mas no intervalo entre estes jogos foi superado pelo Sport por 1 a 0, na Arena Pernambuco, e agora caiu diante dos são-paulinos, que foram apoiados por quase 24 mil torcedores.

Após essa última derrota, Sylvinho lamentou o término de sua invencibilidade em clássicos e admitiu que o Alvinegro não conseguiu apresentar um bom futebol no Morumbi. Antes deste jogo, o treinador acumulava uma vitória e um empate com o Palmeiras, além de mais duas igualdades em duelos com o Santos e com o próprio São Paulo, este em Itaquera, no 1º turno do Brasileirão.

- O clássico, sim, meu primeiro clássico que acabo perdendo, é uma sensação sempre ruim, não é boa. Se tivermos de fazer algumas comparações, não foi bom, nós vencemos o Palmeiras com méritos (por 2 a 1, em casa, pela 22ª rodada) e hoje contra o São Paulo nós tivemos mais dificuldades e realmente perdemos o jogo. Não foi um bom jogo e temos de estar melhorando. Mas, enfim, faz parte, o campeonato é bastante difícil. Sim, foi um jogo nosso que não foi dos melhores - reconheceu o comandante.

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SEM 'TREMEDEIRA' DOS JOVENS DA BASE

Ao ser questionado sobre a possibilidade de jogadores vindos da base terem sentido a pressão nestas partidas que o Corinthians fez como visitante diante de rivais que puderam contar com o apoio dos seus torcedores, Sylvinho se negou a crer que isso ocorreu e citou a própria cobrança da Fiel por vitória nos confrontos em casa para justificar a sua opinião sobre o assunto.

- Não acredito nesta relação do público, de que a volta (dos torcedores) influencie (no desempenho dos mais jovens). Não acredito porque quero entender e assim tenho claro que, muitas vezes, quando você sente um jogo em casa, onde o torcedor do Corinthians, que é impactante, é forte, o atleta pode sentir ali - analisou o treinador, antes de citar alguns nomes de jogadores vindos da base que ele considera que não "tremem" com a torcida contra.

- O que ocorre é que os atletas da base, a grande maioria deles, são atletas que estão muito acostumados com a pressão, com torcida, com a camisa. Não é à toa que todos, desde Roni, Adson, (Du) Queiroz, João Victor, vestem a camisa do clube e vão pra Arena (do Corinthians) jogar - reforçou.

Entre estes nomes citados por Sylvinho, Adson foi escalado para substituir o lesionado Willian contra o São Paulo e não foi bem no clássico, no qual saiu para entrada de Gustavo Mosquito. Já Du Queiroz herdou a vaga do suspenso Fagner e se envolveu em uma confusão com Liziero no primeiro tempo após se estranhar com o rival em uma disputa pela bola e chegar a levar um tapa.

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Para completar, o zagueiro João Victor foi punido com um cartão amarelo por empurrar Liziero após a agressão a Du Queiroz. E foi o terceiro recebido pelo defensor, que com isso está suspenso e não poderá enfrentar o Internacional no próximo domingo, às 16h, no Beira-Rio, pela 28ª rodada do Brasileirão. Será então, em Porto Alegre, mais uma prova de fogo para os jovens vindos da base - e também para os medalhões - na luta para se aproximar ao G4 da tabela.

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