Dois torcedores do Boca Juniors pagam fiança e são liberados após gestos racista e nazista

Um terceiro torcedor segue detido em Pinheiros aguardando o pagamento da fiança de R$ 20 mil

29 jun 2022 - 20h43
(atualizado às 20h43)

Dois dos três torcedores do Boca Juniors detidos por racismo durante jogo da Libertadores foram liberados nesta quarta-feira após o pagamento de fiança de R$ 20 mil. Um deles fez um gesto racista em direção à torcida do Corinthians, durante o encontro entre as equipes brasileira e argentina pelas oitavas de final do torneio continental. O segundo fez uma saudação nazista.

Um terceiro torcedor ainda não fez o pagamento da fiança (de mesmo valor). Os argentinos detidos por imitarem um macaco em direção aos corintianos foram enquadrados no crime de injúria racial, enquanto quem fez a saudação nazista responderá por racismo. Todos foram conduzidos à sede da 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) após sua identificação na Neo Química Arena.

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Torcedor imita macaco em direção à torcida do Corinthians em Itaquera
Torcedor imita macaco em direção à torcida do Corinthians em Itaquera
Foto: Divulgação / Estadão

Independentemente do pagamento de fiança, os casos seguirão seu curso normal, e os torcedores ainda responderão pelos crimes na justiça brasileira, mesmo em liberdade e podendo retornar à Argentina.

Essa não foi a primeira vez em que torcedores do Boca Juniors foram racistas com os corintianos nesta edição da Copa Libertadores. As duas equipes se enfrentaram em outras duas oportunidades na fase de grupos, em ambas, na Neo Química Arena e na Bombonera, torcedores foram vistos fazendo imitações de macaco. No Brasil, um deles foi detido e também liberado após pagamento de fiança de R$ 3 mil.

Além dos corintianos, torcedores de Palmeiras, Flamengo, Red Bull Bragantino e Fortaleza também foram alvos de discriminação. Por causa da frequência dos casos, a Conmebol anunciou mudanças em suas punições pecuniárias para as equipes pelos crimes de seus torcedores. No entanto, os casos insistem em aparecer e não conseguem ser coibidos efetivamente pela entidade.

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