Nas primeiras partidas após o término das Eliminatórias da Copa do Mundo, o Brasil goleou a seleção da Coreia do Sul, por 5 a 0, e sofreu uma virada para o Japão, por 3 a 2, após abrir dois gols de vantagem.
O treinador Carlo Ancelotti aproveitou os amistosos para realizar testes no time. Dos jogadores que estão recebendo as primeiras oportunidades, Paulo Henrique foi o grande destaque, enquanto Beraldo, Hugo Souza e Fabrício Bruno não agarraram as chances.
Já os nomes mais consolidados, como Bruno Guimarães, Rodrygo e Estevão, demonstraram segurança e, no geral, realizaram boas atuações.
Testes de Ancelotti
O jogador que parece ter aproveitado melhor as chances recebidas é o lateral direito Paulo Henrique, do Vasco. Após partida discreta, mas correta, contra a Coreia do Sul, fez o gol que abriu o placar contra o Japão. Mesmo com a virada sofrida, não comprometeu defensivamente e mostrou que pode ser opção para a próxima Copa do Mundo.
Nomes como Vitinho, Douglas Santos, Matheus Cunha, André e Carlos Augusto fizeram partidas decentes, mas sem maior destaque. O goleiro Bento, por sua vez, não foi acionado em quase nenhum lance no jogo diante dos sul-coreanos. Igor Jesus e Caio Henrique tiveram atuação totalmente discreta.
Joelinton teve boa chance de recolocar o Brasil à frente do placar contra os japoneses, enquanto a partida estava empatada por 2 a 2, mas estava desequilibrado e chutou mal.
O atacante Luiz Henrique, do Zenit, rendeu aquém do esperado, também na partida desta terça-feira (14). Destaque do Brasil na reta final das Eliminatórias, o jogador não conseguiu repetir as boas atuações. Com muitas perdas de bola e sem nenhuma finalização contra a Japão, ainda saiu sem a assistência para Matheus Cunha, após o gol do centroavante ser anulado por impedimento do ex-Botafogo.
Já o zagueiro Lucas Beraldo, do PSG, não aproveitou a chance, com falhas no gol de empate dos japoneses, quando perdeu na corrida para o adversário no cruzamento que resultou o gol, e na virada dos donos da casa, quando marcou mal e perdeu na jogada aérea para Ueda, autor do gol.
Mas as principais críticas foram direcionadas ao goleiro Hugo Souza e ao zagueiro Fabrício Bruno.
O arqueiro não teve culpa nos dois primeiros gols do Japão, mas falhou no tento de virada, em um cabeceio defensável. Na sequência, quase tomou um frango em um chute fraco de fora da área de Tanaka.
Fabrício Bruno viveu um pesadelo. O primeiro gol dos japoneses saiu de uma pixotada do zagueiro, que se enrolou com a bola passou errado para o adversário. Além disso, ao tentar cortar uma bola, bateu contra a própria meta e fez um gol contra, para empatar a partida aos adversários.
Nomes consolidados
Dos jogadores mais experientes da seleção, um dos que mais se destacaram foi Bruno Guimarães. O volante concedeu duas assistências, uma em cada partida, e assumiu com êxito a responsabilidade de fazer a ligação com o ataque.
O jogador do Newcastle foi importante, também, na marcação. Na partida de ontem, saiu quando a Seleção ainda vencia o jogo.
O meia-atacante Rodrygo também foi destaque. Contra os sul-coreanos, marcou duas vezes - é o artilheiro do Brasil desde a última Copa, com oito gols marcados. Diante do Japão, entrou no segundo tempo e não teve responsabilidade na derrota.
Estêvão foi outro com boa atuação. Na primeira partida, assim como Rodrygo, fez dois gols e jogou muito bem, demonstrando que está pronto para atuar pela Seleção. Contra o Japão, atuou por apenas 20 minutos.
Nomes como Gabriel Martinelli, Éder Militão, Casemiro, Gabriel Magalhães e Lucas Paqueá também fizeram boas partidas, mas sem maior destaque.
Vinícius Júnior e Richarilson tiveram atuações discretas.
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