Em alta na Rússia, Sá recorda passagem pelo Botafogo: ʽAprendizadoʼ

Reforço na primeira janela da era SAF, atacante se destaca no retorno à Europa e tem protagonismo na campanha do líder Krasnodar

12 nov 2024 - 08h42
(atualizado às 09h57)
Sá foi titular com Luís Castro, Bruno Lage e Lucio Flavio. Com Tiago Nunes, porém, não teve tanto prestígio –
Sá foi titular com Luís Castro, Bruno Lage e Lucio Flavio. Com Tiago Nunes, porém, não teve tanto prestígio –
Foto: Vitor Silva/Botafogo / Jogada10

Um dos primeiros reforços da era SAF do Botafogo, Victor Sá pegou muita gente de surpresa quando deixou o Mais Tradicional em fevereiro deste ano. Na época, o time alvinegro estava na segunda instância eliminatória da Copa Libertadores, ainda longe da fase de grupos. Em crise, além de perder o seu atacante para o futebol russo, o clube demitiu o técnico Tiago Nunes naquela semana. Em campo, o Glorioso havia empatado com o Aurora (BOL) por 1 a 1, em Cochabamba, levando, novamente, um gol nos acréscimos. Ao Jogada10, o jogador do Krasnodar explicou a opção pela saída. Na sequência, ele também relembrará a passagem pela Estrela Solitária e como se adaptou rápido ao Velho Continente.

"Foram algumas situações que fizeram com que a negociação acontecesse. Foi uma proposta boa para mim e também para o clube, então, todos ficaram satisfeitos", resumiu Sá, que sempre teve o objetivo de retornar à Europa e nunca escondeu este desejo aos executivos da SAF alvinegra.

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De fato, Sá estava há duas semanas balançado com a proposta dos russos. Para o Botafogo, foi a chance de embolsar quase R$ 10 milhões e remontar o elenco que ficaria, na sequência, sob a supervisão do técnico interino Fábio Matias, o antecessor de Artur Jorge. O divórcio tornou-se consenso.

'Período muito bom na minha carreira'

Sá, no entanto, chamou a atenção de fora por conta de sua performance no Fogão. Ele chegou no fim de março de 2022, quando o clube havia acabado de sair do modelo associativo para o de Sociedade Anônima do Futebol. Ao todo, disputou 93 jogos. Marcou dez gols e ofereceu oito assistências.

"Um período muito bom na minha carreira e na minha vida. Depois de muitos anos jogando fora do Brasil, poder voltar e jogar em uma grande equipe, como o Botafogo, foi algo muito bom. Levo muitas lições e aprendizados neste período. Com certeza, está marcado na minha carreira", pontuou Sá.

Sá foi titular com Luís Castro, Bruno Lage e Lucio Flavio. Com Tiago Nunes, porém, não teve tanto prestígio –
Foto: Vitor Silva/Botafogo / Jogada10

Agora, ao atacante, resta somente torcer, de muito longe, para os ex-companheiros, finalistas da Copa Libertadores e líderes isolados do Campeonato Brasileiro. Sem ressentimentos ao olhar para trás.

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"Tenho acompanhado da forma que posso. É difícil assistir aos jogos por conta do fuso horário e da minha rotina aqui na Rússia, mas sempre estou buscando informações, mantenho contato com muitos amigos que estão no clube, então, estou na torcida. Espero que o Botafogo possa conquistar títulos", aguarda.

Perrengues 'ajudam' Sá a viver na Rússia

Aos 30 anos, Victor Sá se reencontrou na Rússia. Por lá, encarou o frio e vai desafiar o rigoroso inverno que se avizinha. Mas não é nenhum peixe fora d'água. Afinal, já passou pela mesma experiência quando defendia o Kapfenberger e o Linz, ambos da Áustria, além do Wolfsburg, da Alemanha. Dentro das quatro linhas, tornou-se uma opção fundamental para o Krasnodar se manter no topo da tabela, em sua busca pelo primeiro título da Premier League daquele país.

Frio da Rússia não espanta Sá, que se destaca na liga daquele país –
Foto: Divulgação/Krasnodar / Jogada10

"Chegar em um novo país é sempre desafiador, mas, por conta de ter saído muito novo do Brasil, ter passado por alguns perrengues, eu já estava um pouco adaptado. Graças a Deus, consigo ajudar o Krasnodar. Estamos fazendo uma boa campanha. No momento, o meu foco é fazer uma boa temporada.

Com contrato renovado, recentemente, até junho de 2026, o atacante registra três gols e quatro assistências em 16 embates, mantendo as mesmas características da época do Botafogo.

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"Estou dentro de campo para ajudar da forma que for. Aqui, na Rússia, não é diferente, eu sempre ajudo os meus companheiros na recomposição defensiva. É uma característica que adquiri jogando na Europa", lembrou o velocista do Krasnodar.

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