Botafogo busca solucionar problemas na criação e encontrar equilíbrio no meio para sequência do ano

Luís Castro tem a missão de construir a espinha dorsal para fazer a equipe ser mais eficiente nas transições ofensivas e incomodar os adversários nos dois tempos de jogo

23 mai 2022 - 07h46

Depois da transformação do Botafogo em SAF, o português Luís Castro tem a missão de construir a espinha-dorsal para fazer a equipe evoluir na temporada. Com reforços, o técnico busca fazer a engrenagem do meio de campo girar para que o Alvinegro seja mais eficiente nas transições ofensivas, tenha equilíbrio nos dois tempos e incomode os adversários com mais frequência.

Elenco do Botafogo agradecendo a torcida pela presença na Arena Independências (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Elenco do Botafogo agradecendo a torcida pela presença na Arena Independências (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

Na sequência da temporada, John Textor pretende contratar um nome de peso na próxima janela de transferência para fortalecer o setor de criação. Para chegar em julho no pelotão de frente, o treinador necessita encontrar o equilíbrio para que a atuação do time não seja tão discrepante entre os dois tempos de jogo.

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Diante disso, Castro tem feito testes no setor e, contra o América-MG, optou por uma trinca de volantes: Oyama, Tchê Tchê e Patrick de Paula. Coube ao ex-Palmeiras atuar mais à frente e ser responsável por dar dinâmica às transições ofensivas, algo que não surtiu efeito. O que se viu em campo foi um time sem velocidade, aproximação e jogadas em profundidade na primeira etapa.

Em quarenta e cinco minutos, a equipe carioca finalizou apenas uma vez contra dez dos mineiros, segundo dados do "Footstats". A posse de 52% foi improdutiva e trouxe lições importantes para o estilo de jogo proposto. Com as substituições no segundo tempo, o Botafogo subiu de produção e deu sete chutes a gol contra um do Coelho.

Luís Castro promoveu as entradas de Del Piage e Vinícius Lopes em seguida as de Lucas Fernandes e Matheus Nascimento para tentar fortalecer o sistema ofensivo. O Alvinegro passou a ter mais força na frente para arriscar e jogar em profundidade. Contudo, ainda é pouco para uma equipe que almeja voos maiores.

Contra o Fortaleza, no Nilton Santos, o Glorioso também teve dificuldade em produzir jogadas e levar perigo ao gol adversário no primeiro tempo. O setor carece de um jogador que construa por dentro e tenha visão de jogo para municiar os pontas e, sobretudo, Erison. Na volta do intervalo, mais uma vez o time de General Severiano evoluiu e conquistou os três pontos.

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Opções no elenco e carências no setor de criação

Na era SAF, chegaram para o setor Lucas Fernandes e Lucas Piazon. O primeiro ainda não conseguiu se encaixar no estilo de jogo de Castro e tem oscilado neste início. O ex-Chelsea, por sua vez, não tem tido regularidade e tem ficado como opção no banco de reservas. Outro nome que já atuou pelo setor é o atacante Gustavo Sauer, que está lesionado.

Quem tem agradado o português é o jovem Del Piage, que tem entrado bem e tido muitas oportunidades. Por outro lado, Chay, destaque do time em 2021, não tem repetido as mesmas atuações. O camisa 14 iniciou o ano em recuperação após uma cirurgia e, desde então, ainda não conseguiu ter a sequência que gostaria com Castro.

Por fim, o Botafogo terá mais uma semana livre para trabalhar o setor de criação de olho no jogo contra o Coritiba, no domingo, no Couto Pereira. Sendo assim, o meio de campo precisa estar mais coeso, com mais aproximação entre os jogadores para conseguir impor o ritmo de jogo, fazer jogadas em profundidade e ser mais competitivo nos 90 minutos.

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