Wolff reduz importância de Ecclestone e Piquet e dispara: "Não vejo racismo na F1"

Em entrevista ao Financial Times, o chefe da Mercedes exagerou a idade de Bernie Ecclestone e Nelson Piquet ao indicar que os considera ultrapassados. O chefe de Lewis Hamilton, porém, declarou que não chamaria nenhum de seus colegas de racistas

17 ago 2022 - 07h48
Lewis Hamilton é o único piloto preto da Fórmula 1
Lewis Hamilton é o único piloto preto da Fórmula 1
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

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Chefe da Mercedes, Toto Wolff disse que não vê "racismo na Fórmula 1". O dirigente considerou que vozes como as de Bernie Ecclestone e Nelson Piquet estão ultrapassadas e alegou que não chamaria nenhum dos colegas de racistas.

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Wolff é chefe do único piloto preto do grid, e o heptacampeão Hamilton já declarou reiteradas vezes que sofreu muita discriminação quando chegou à F1. Com o passar dos anos, o britânico se tornou mais vocal sobre a questão e, nos últimos, na esteira do movimento Black Lives Matters, conseguiu levar os protestos para dentro do paddock.

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A Mercedes, liderada pelo Toto Wolff, marca posição no meio da F1 contra o racismo (Foto: Mercedes/Twitter)

A própria Mercedes chegou a abraçar a causa racial, trocando a cor do carro e procurando mais diversidade dentro da equipe.

Filho de pai romeno e mãe polonesa, Wolff contou em entrevista ao Financial Times que cresceu em uma casa onde não se falava de religião. Após a morte do pai, porém, Toto foi criado com a ajuda de uma família judia, o que o levou a frequentar movimentos da juventude judia.

"O antissemitismo estava bem presente quando eu cresci", contou. "Eu via do que meus amigos eram chamados nas ruas — vi como um grupo pode ser isolado", comentou.

A entrevista foi feita dias após a viralização de um vídeo onde Nelson Piquet usa de expressões racistas e homofóbicas para se referir a Hamilton. De acordo com a publicação, Wolff foi cauteloso ao não comparar a experiência pessoal que viveu com o antissemitismo com o racismo vivenciado por Hamilton, mas reconheceu que foi essa vivência que o levou a ter mais empatia com o piloto e pressionar o esporte a fazer mais do que "alguns posts no Instagram".

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Ainda assim, Wolff também minimizou a questão. O dirigente exagerou as idades de Piquet e Ecclestone ao dizer que a opinião deles não tem mais eco em um esporte que atrai cada vez mais jovens graças ao impacto da série Drive to Survive, da Netflix.

"Um tem 80 ou o que quer que seja e o outro tem 105" disse Wolff, se referindo a Piquet, de 69, e Ecclestone, de 91. Na visão do dirigente, a reação às declarações de ambos vão fazer com que "as pessoas pensem duas vezes" antes de usarem as mesmas expressões.

"Eu não vejo nenhum racismo no estado atual da Fórmula 1", declarou Toto. "Poderia chamar alguns dos meus colegas de [muitas] coisas, mas não de racistas", seguiu.

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