Sainz traça título mundial de F1 como meta: "Não ficaria feliz em ser um Barrichello"

Carlos Sainz citou Rubens Barrichello para avisar que não vai se contentar em ser um número 2 dentro da Ferrari

21 set 2021 - 07h44
(atualizado às 09h32)
Carlos Sainz tem o título mundial como grande meta na F1
Carlos Sainz tem o título mundial como grande meta na F1
Foto: Ferrari / Grande Prêmio

Carlos Sainz está no seu primeiro ano correndo pela Ferrari. A partir desta temporada, o espanhol de 27 anos divide os boxes da escuderia de Maranello com Charles Leclerc, jovem monegasco que desde que chegou ao time, em 2019, vem sendo tratado como a grande joia do presente e do futuro. Mas Sainz não se intimida com o status do companheiro dentro da equipe e deixa claro que não quer ser um número 2 de Leclerc, como aconteceu com Rubens Barrichello em relação a Michael Schumacher entre 2000 e 2005.

Em evento promovido para a imprensa em Madri na última segunda-feira (20), Carlos avisou que não pensa em ser uma nova versão do piloto brasileiro na escuderia italiana. "Se ficaria feliz em ser um Barrichello com Schumacher? Não, claro que não!", disse Sainz em declaração veiculada pelo jornal local Marca.

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"Quero ser campeão do mundo. É por isso que luto todos os dias, e só o tempo vai dizer se eu vou ter sucesso, mas este é o meu objetivo", bradou o piloto nascido em Madri.

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Barrichello fez 102 GPs pela Ferrari e, no período entre 2000 e 2005, conquistou nove vitórias, 11 poles e foi ao pódio em 55 oportunidades. Pela mais tradicional das equipes do grid, Rubens teve como melhores resultados os vice-campeonatos em 2002 e 2004, além do terceiro lugar em 2001. Entre 2000 e 2004, Michael Schumacher emendou uma sequência dourada com a conquista de cinco dos seus sete títulos mundiais. O episódio mais emblemático entre os dois pilotos aconteceu no GP da Áustria de 2002, quando o brasileiro, já na reta dos boxes e muito perto da linha de chegada, abriu passagem quando liderava para proporcionar ao alemão a vitória no circuito de Spielberg.

Carlos Sainz entende que ainda tem muito o que melhorar neste ano de estreia com a Ferrari
Foto: Ferrari / Grande Prêmio

Sainz, por sua vez, faz uma temporada bastante competitiva neste seu ano de debute pela Ferrari. Em 14 corridas disputadas, conquistou o segundo lugar no GP de Mônaco como melhor resultado e herdou o troféu de terceiro colocado no GP da Hungria depois da desclassificação de Sebastian Vettel. A luta com Leclerc é parelha: o monegasco soma 104 pontos e é o sexto no Mundial de Pilotos, contra 97,5 de Sainz, sétimo.

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O espanhol revelou que não tinha tantas expectativas ao chegar à Ferrari, sobretudo por conta da falta de quilometragem com o carro novo e com o fato de ainda ter de se adaptar ao time, mas que, depois de 14 corridas, vê a situação como um todo muito melhor, ainda que tenha um longo caminho a percorrer.

"Cheguei sem esperar muito de mim, sem colocar em mim expectativas muito altas porque tive só um dia e meio para aprender, no total, como era o carro. Acho que dei umas 150 ou 200 voltas antes da primeira corrida. Você chega a uma equipe como a Ferrari, tem de aprender como funciona a equipe e em uma corrida tenho de pedir a mim mesmo para estar à altura", explicou.

Carlos Sainz disse que não se vê como Rubens Barrichello foi para Michael Schumacher na Ferrari
Foto: Scuderia Ferrari / Grande Prêmio

"Estou longe de tirar 100% [do carro], mas depois eu vejo a minha posição no campeonato e perto de quem estou e de onde quero estar e aí eu digo: 'Se continuar trabalhando assim, acho que não vai demorar muito'", destacou Carlos.

Quando questionado sobre a disputa interna contra Leclerc, Sainz ressaltou justamente a proximidade um do outro em termos de performance ao longo de 2021. "Somos muito mais parecidos do que vocês podem imaginar. Vemos as informações e vemos que um tira três centésimos de uma curva e outro tira três centésimos em outra. Vem a classificação em Zandvoort, e ele fica 0s006 à frente. Em Monza, coloco meio décimo", disse o espanhol, ciente do que Charles tem como vantagem neste momento.

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"Eu o vejo na corrida com mais confiança com o carro. Eu não sou ainda o Carlos agressivo da McLaren. Não tenho esse último feeling com o carro que gostaria de ter. Quero ser agressivo e dar esse último passo em termos de largada e ultrapassagens", complementou o dono do carro #55 da Ferrari.

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