Red Bull vê "todas as equipes sob pressão e no limite do teto de gastos" com novas regras

Chefe da Red Bull, Christian Horner acha que as equipes de ponta devem liderar a F1 sob o novo regulamento, mas fez uma ressalva importante. Para o dirigente, o teto orçamentário coloca os competidores sob pressão diante de tantas regras diferentes

29 jan 2022 - 04h01
Christian Horner não quis falar em favoritos para 2022
Christian Horner não quis falar em favoritos para 2022
Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

A Red Bull descartou qualquer chance de vida fácil na temporada 2022 da Fórmula 1. A equipe, que fez Max Verstappen campeão no ano passado, assegurou que, devido à introdução de uma nova era de regras técnicas, todos os competidores estão sob pressão e tentando não extrapolar os limites de gasto. E tudo dentro de uma busca por dominar uma diferente geração de carros.

A F1 vai viver sob um novo regulamento a partir deste ano. Os modelos serão marcadamente diferentes dos vistos em 2021. Isso porque houve uma mudança drástica quanto ao desenho, especialmente com relação à aerodinâmica. Entre as principais novidades, estão o retorno do efeito-solo, a perda de elementos laterais e os pneus de 18 polegadas.

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Diante desse cenário, Christian Horner entende que os rivais habituais estejam de novo em posição de liderança, mas reconheceu que é difícil prever a ordem de forças. Por isso, também não descarta a possibilidade de nomes diferentes surgirem fortes no grid.

"Acho que é provável que as grandes equipes estejam na frente", disse o chefão da Red Bull em entrevista ao site RacingNews365.com. "É o mesmo grupo de pessoas que projetou o carro do ano passado e o de agora. Então é sobre como você lida com um problema, interpreta uma regra ou trabalha com a criatividade."

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Christian Horner, chefe da Red Bull, entende que o teto de gastos coloca as equipes sob pressão (Foto: XPB - Pool/Getty Images/Red Bull Content Pool)

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"Será interessante ver o que nossos adversários vão fazer, mas acho que seria uma tolice subestimar qualquer uma das equipes em uma mudança tão grande de regulamento como essa", completou.

Outro fator que pesa sob o novo livro de regras é que a F1 agora vive sob um rígido teto orçamentário, que foi introduzido no ano passado. As dez escuderias do grid foram inicialmente limitadas a um orçamento de US$ 145 milhões (R$ 785 mi) em 2021, mas isso cai para US$ 140 milhões em 2022 (R$ 758 milhões), com outro corte de US$ 5 milhões (R$ 27 mi) planejado para a temporada 2023.

Falando sobre o trabalho dentro desse plano financeiro, Horner admitiu que "é um desafio difícil, porque corresponde a 60% do carro."

"O grande problema para 2022 é o orçamento reduzido, porque cada componente é novo. Temos um novo chassi, um novo volante, nova suspensão. Então, tudo isso tem um custo considerável", afirmou o mandatário.

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"Não é um carro barato, pelo que vimos até agora, em termos de construção, de modo que, inevitavelmente, vai colocar todos sob pressão. Acredito que todas as equipes no paddock estão no limite do orçamento para este ano", acrescentou.

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Para Christian, todo mundo está sentindo as consequências "em maior ou menor grau", mas brincou: "É sempre mais fácil subir do que descer."

A temporada 2022 da Fórmula 1 começa em 20 de março, com o GP do Bahrein. Antes disso, as equipes vão a Barcelona para a primeira sessão de testes coletivos, entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Depois, ainda testa em Sakhir, entre 10 a 12 de março.

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