O futuro da Mercedes na Fórmula 1 virou alvo de intensa especulação, com a possibilidade de uma reformulação completa vindo à tona. De acordo com o ex-chefe de equipe Eddie Jordan, a Ineos vai comprar 70% da escuderia. A gigante do mercado de químicos patrocina os campeões da F1 desde o começo de 2020 e tem interesse em assumir a gestão.
O homem por trás da empreitada é Jim Ratcliffe, fundador da Ineos. Considerado o homem mais rico do Reino Unido, Ratcliffe está disposto a desembolsar £ 700 milhões (R$ 4,7 bilhões) para finalizar a aquisição. A Mercedes ainda ficaria envolvida com a equipe após a passagem de bastão, mas resolvendo um problema: depois de sete anos de domínio, não há mais nada que a marca alemã possa conquistar na Fórmula 1.
"Jim Ratcliffe e a Ineos vão comprar a equipe", disse Jordan em declarações divulgadas pelo jornal Daily Mail. "O nome da Ineos já está na lateral do carro e há uma parceria tecnológica, então essa é uma boa saída para a Mercedes. A equipe vai se chamar Ineos, mas ainda vai ser gerida na fábrica de Brackley e com a Mercedes retendo 30% de ações. Só que a equipe não vai mais se chamar Mercedes e o Toto Wolff vai deixar de ser o chefe", seguiu.
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A saída de Wolff é possibilidade ventilada há tempos. O dirigente nunca escondeu que o momento é de reflexão sobre o futuro, já sentindo o peso de anos de trabalho pesado e considerando cumprir um papel que não seja de chefia.
Independente de quem assuma após a saída de Wolff, Jordan vê a solução como a melhor para todos os envolvidos. A Ineos ganha chance de brilhar, enquanto a Mercedes passa por um choque de gestão que pode ser frutífero no longo prazo.
"Ficou difícil para eles. Como eles vão seguir vencendo? Como dá para melhorar o que eles já fizeram? Não dá. A reputação do Toto como um dos maiores chefes de equipe da história do esporte está garantida. O que ele alcançou na Mercedes o deixa no mesmo nível do Ron Dennis na McLaren e do Jean Todt na Ferrari, mas tudo tem um fim", ponderou Jordan.
Esta não é a primeira vez que Jordan afirma ter informações de bastidores sobre a Mercedes. O ex-chefe de equipe já sugeriu que a Mercedes deixaria a F1 ao fim de 2018, além de que Hamilton e Wolff iriam juntos para a Ferrari em 2020. Evidentemente, as duas especulações se provaram errôneas.
A Mercedes conquistou todos os Mundiais de Construtores desde 2014 e, além disso, viu um de seus pilotos sempre levando o Mundial de Pilotos no mesmo período. Quase sempre com Lewis Hamilton, a exceção sendo Nico Rosberg em 2016. O feito é único: ninguém nunca tinha conquistado os dois campeonato por seis anos seguidos. E, salvo uma enorme reviravolta, serão sete consecutivos ao fim de 2020.