Ferrari tenta explicar e atribui quebras no motor a "projeto novo" para F1 2022

Enquanto Mercedes segue com carro confiável — em questão de quebras — na Fórmula 1, Ferrari sofre com abandonos e Mattia Binotto argumenta sobre nova construção do motor

26 jun 2022 - 09h57
Ferrari ainda tenta explicar quebras de 2022
Ferrari ainda tenta explicar quebras de 2022
Foto: Ferrari / Grande Prêmio

RITMO DA MERCEDES NO GP DO CANADÁ DE FÓRMULA 1: DÁ PARA DIZER QUE A MELHORA É REAL?

A briga pelo título da Fórmula 1 em 2022 está concentrada em duas equipes — Red Bull e Ferrari —, que incontestavelmente construíram carros mais rápidos do que seus concorrentes — que ainda correm atrás. Por outro lado, os dois times já sofreram com diversas quebras nesta temporada, em situação oposta à da Mercedes: que não quebra, mas não tem ritmo para alcançar as rivais. Mas o chefe Toto Wolff pediu atenção para que o momento não vire.

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"É engraçado que as duas equipes continuam tendo que parar seus carros [com problemas]", disse Wolff. "Mas você não pode se tornar complacente com isso, porque pode mudar de direção muito rápido. Estamos felizes com nossa confiabilidade. Ano passado, quando olhávamos para o motor, tínhamos outro fenômeno — e vários problemas. É por isso que não quero me animar tão cedo", explicou.

Mattia Binotto já disse que prefere ter bom desempenho e melhorar confiabilidade da Ferrari do que o contrário (Foto: AFP)

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Líder do campeonato, Max Verstappen já abandonou em duas corridas: Bahrein e Austrália. Seu companheiro Sergio Pérez também soma duas quebras, em Sakhir e Canadá. Na Ferrari, Charles Leclerc teve que parar o carro em Baku e Espanha, abandonando duas provas em que liderava. Chefe da equipe italiana, Mattia Binotto não está convencido de que a confiabilidade do carro será a chave pro título.

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"A confiabilidade é certamente importante, tão quanto a performance, mas não acho que será o único fator", acredita Binotto. "Acho que o desenvolvimento daqui até o final da temporada vai ser diferente, assim como o teto de gastos e depois, finalmente, a confiabilidade", salientou.

Apesar da Fórmula 1 ainda usar os motores do ano passado — em regulamento congelado até 2026 —, os novos carros da categoria obrigaram as equipes a montarem suas unidades de potência de maneira diferente — e é exatamente isso que tem causado tanta dor de cabeça aos times.

"A unidade de potência tem um design completamente novo comparada ao passado, e o problema é que ainda é um projeto novo", admitiu Binotto. "Além disso, existem limitações no dinamômetro que não haviam no passado, então você não pode testar muito. Estamos limitados, o que significa que o exercício é mais complicado", encerrou o chefe da Ferrari.

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