Yuki Tsunoda declarou que “não percebeu” o toque com Lance Stroll que comprometeu completamente sua participação no GP de São Paulo. Logo após a relargada, na sexta volta, o piloto da Red Bull encostou no canadense da Aston Martin ao frear muito tarde, na tentativa de evitar a Alpine de Franco Colapinto, o que fez Stroll rodar.
A direção de prova aplicou uma punição de 10 segundos a Tsunoda, mas a Red Bull não cumpriu corretamente a penalidade no pit stop seguinte, levando a mais 10 segundos acrescidos ao tempo final do japonês. Tsunoda acabou em 17º, na última posição.
“Para ser sincero, não percebi o contato”, disse Tsunoda após a prova. “Preciso assistir ao lance de novo. Houve um pequeno dano, mas nada sério. As punições, essas sim, acabaram completamente com minha corrida.”
O piloto comentou ainda que o ritmo no último stint foi “bom”, mas lamentou ter ficado fora de posição depois das punições e de uma classificação difícil, quando largou apenas em 19º.
O chefe da Red Bull, Laurent Mekies, admitiu que o incidente, e o erro da equipe, fizeram Tsunoda perder muito tempo. “Ele teve um último stint muito forte com pista livre. Se retirarmos as duas punições de 10 segundos, ele teria brigado por pontos. Mas ‘se’ e ‘talvez’ não vencem corridas”, avaliou.
Mesmo em uma simulação hipotética, recuperar 20 segundos colocaria Tsunoda somente em 13º, pois o pelotão intermediário travou uma disputa intensa entre dez carros pelas últimas posições pontuáveis, o que desacelerou o ritmo geral.