F1: Laura Villars — a primeira mulher que pode liderar a FIA

Em entrevista exclusiva, Laura Villars detalha propostas para liderar a FIA com foco em segurança, sustentabilidade e inclusão.

2 out 2025 - 12h29
(atualizado às 16h15)
Laura Villars além de candidata para a FIA também se aventura no MOTORSPORT
Laura Villars além de candidata para a FIA também se aventura no MOTORSPORT
Foto: Site Oficial Laura Villars / Reprodução

 Em um momento decisivo para o futuro do automobilismo mundial, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pode estar prestes a viver uma mudança histórica. Pela primeira vez em mais de sete décadas, uma mulher pode se candidatar à presidência da entidade: Laura Villars. Em entrevista exclusiva ao Parabólica, a executiva destacou que sua campanha vai muito além do simbolismo, defendendo uma FIA mais inclusiva, sustentável e conectada com as demandas do mundo atual.

Em tantos anos de história, nunca uma mulher havia se candidatado a um dos cargos de liderança mais prestigiados da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Agora, Laura Villars rompe essa barreira e busca não apenas marcar um momento simbólico, mas abrir um caminho real de transformação dentro da entidade que rege o automobilismo mundial.

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“É obviamente um passo histórico, mas não quero que seja visto apenas como simbólico. A FIA sempre foi dominada por homens, mas paixão, competência e visão não são definidas por gênero. Para mim, esta candidatura significa mostrar que é possível e que as mulheres podem trazer um valor agregado real ao topo da FIA”, afirma Villars em entrevista exclusiva.

Planos e prioridades

Caso seja eleita, Villars já tem um plano bem definido para sua gestão. Seu foco estará em três pilares principais: segurança, sustentabilidade e inclusão.

“Quero fortalecer a segurança no trânsito em todo o mundo, acelerar a transição ecológica e abrir mais espaço para mulheres e jovens líderes em posições estratégicas no automobilismo. A FIA deve refletir a diversidade do mundo atual e liderar pelo exemplo”, explica.

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A proposta de Villars vai além da representatividade. Ela defende que a inclusão e a diversidade sejam não apenas metas institucionais, mas também valores práticos que orientem o futuro da entidade.

Legado de transformação

Se tornar a primeira mulher eleita já seria, por si só, um marco na história da FIA. Mas Villars deseja que sua passagem vá além.

“Além de ser a primeira mulher eleita, gostaria que meu legado fosse de transformação. Que as gerações futuras não se questionem mais se pertencem, porque será óbvio que sim. Se eu conseguir fazer essa mudança acontecer, será o legado mais importante”, afirma.

Apoio e resistência

A candidatura de Villars gerou diferentes reações na comunidade internacional do automobilismo. “As reações foram variadas: muito entusiasmo, às vezes surpresa e, claro, algum ceticismo. Mas o mais importante é que muitas vozes na comunidade concordam que a mudança é necessária. A resistência é normal quando se desafia hábitos, mas sinto uma forte corrente de apoio impulsionando a renovação. Não estou sozinha neste desafio. Tenho uma equipe me apoiando.”

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Ao encerrar a entrevista, Laura Villars fez questão de enviar um recado direto às jovens que sonham em ocupar cargos de liderança, seja no automobilismo ou em qualquer outra área.

“Não esperem permissão. Vá em frente com paixão, trabalhe duro e nunca deixe que a tradição as impeça. As barreiras só existem se nós as deixarmos. Vocês têm um lugar, e o futuro pertence a vocês.”

Com propostas que vão da segurança viária à inclusão de jovens líderes e mulheres em cargos estratégicos, Laura Villars desponta como um nome capaz de redefinir o papel da FIA no cenário global. Sua candidatura já entrou para a história; resta saber se também se tornará um legado transformador.

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