Singapura foi um GP de emoções mistas para a McLaren. Para a história, a prova significou a confirmação do título que se desenhava há muito graças à vantagem do MCL39.
Além da antecedência, a conquista foi mais uma pedra no processo de reconstrução financeira e técnica comandada por Zak Brown. Não é à toa que o time foi avaliado recentemente em mais de US$ 4 bilhões e anunciou recentemente um lucro de mais de US$ 72 milhões em 2024.
A partir de agora, a McLaren é simplesmente a segunda maior vencedora entre os Construtores da F1, somente atras da Ferrari (16 títulos). Entretanto, a equipe sai de Singapura com um sorriso amarelo no rosto. Ou seria papaia?
Não é de hoje que este espaço aponta o crescimento da McLaren, mas que faltam ainda pontos a ser trabalhados para que o time possa ser realmente considerado um vencedor. Uma coisa que se se falava era que ainda precisava ser reencontrado o “espírito vencedor”.
Se pelo lado técnico o time cresceu muito com a entrada em ação do novo túnel de vento e a reorganização da estrutura na fábrica, contando com a chegada de Rob Marshall (vindo da Red Bull) e a entronização de Andrea Stella no comando do time na pista, parecia que era uma questão de tempo.
Mas a chegada à excelência tem muitas dores...
A introdução das regras de convivência interna, as “Papaya Rules”, em tese soaram como algo muito sensato. Afinal de contas, quantas vezes vimos times sendo “implodidos” por brigas internas, inclusive dentro da própria McLaren com Senna x Prost e Hamilton x Alonso. As dores do passado não podem ser esquecidas e como diz o adágio, é preciso lembrar para não repetir.
Entre palavras e ação, há uma diferença muito grande. E aqui a McLaren começou a se perder. Na tentativa de garantir justiça entre Norris e Piastri, o time foi pecando pelo excesso. Quando houve a troca de posições no GP da Hungria de 2024 em um momento em que Norris poderia lutar pelo título, o time optou por manter Piastri como vencedor.
Ali, muitos perguntaram se valia a pena ser justo ou pensar simplesmente no campeonato. Talvez tenha sido o início de uma rachadura que apareceu no cristal Maclariano. Que se alastrou ao longo desta temporada, com a situação de ter dois pilotos disputando o campeonato e o time cometendo erros de paradas e estratégias.
O último capítulo deste problema criado totalmente pelo time foi em Singapura. Embora a McLaren tenha negado qualquer tipo de estranhamento, o clima pós-prova não era de extrema leveza. Ok, logo depois da prova os ânimos ainda estavam mexidos, mas ficou uma sensação de “felicidade fabricada” nas comemorações.
Andrea Stella vem sendo diplomático nos últimos tempos, procurando trazer a situação para uma racionalidade, assumindo de certa forma a culpa por algumas situações. Porém, a glória que seria dourada vai ficando laranja, mas não por um bom motivo. Os sorrisos não são tão largos e ainda teremos feridos até o final da temporada.
A felicidade é de certa forma amarga entre os comandados de Zak Brown.
Singapura foi um GP de emoções mistas para a McLaren. Para a história, a prova significou a confirmação do título que se desenhava há muito graças à vantagem do MCL39.
Além da antecedência, a conquista foi mais uma pedra no processo de reconstrução financeira e técnica comandada por Zak Brown. Não é à toa que o time foi avaliado recentemente em mais de US$ 4 bilhões e anunciou recentemente um lucro de mais de US$ 72 milhões em 2024.
A partir de agora, a McLaren é simplesmente a segunda maior vencedora entre os Construtores da F1, somente atras da Ferrari (16 títulos). Entretanto, a equipe sai de Singapura com um sorriso amarelo no rosto. Ou seria papaia?
Não é de hoje que este espaço aponta o crescimento da McLaren, mas que faltam ainda pontos a ser trabalhados para que o time possa ser realmente considerado um vencedor. Uma coisa que se se falava era que ainda precisava ser reencontrado o “espírito vencedor”.
Se pelo lado técnico o time cresceu muito com a entrada em ação do novo túnel de vento e a reorganização da estrutura na fábrica, contando com a chegada de Rob Marshall (vindo da Red Bull) e a entronização de Andrea Stella no comando do time na pista, parecia que era uma questão de tempo.
Mas a chegada à excelência tem muitas dores...
A introdução das regras de convivência interna, as “Papaya Rules”, em tese soaram como algo muito sensato. Afinal de contas, quantas vezes vimos times sendo “implodidos” por brigas internas, inclusive dentro da própria McLaren com Senna x Prost e Hamilton x Alonso. As dores do passado não podem ser esquecidas e como diz o adágio, é preciso lembrar para não repetir.
Entre palavras e ação, há uma diferença muito grande. E aqui a McLaren começou a se perder. Na tentativa de garantir justiça entre Norris e Piastri, o time foi pecando pelo excesso. Quando houve a troca de posições no GP da Hungria de 2024 em um momento em que Norris poderia lutar pelo título, o time optou por manter Piastri como vencedor.
Ali, muitos perguntaram se valia a pena ser justo ou pensar simplesmente no campeonato. Talvez tenha sido o início de uma rachadura que apareceu no cristal Maclariano. Que se alastrou ao longo desta temporada, com a situação de ter dois pilotos disputando o campeonato e o time cometendo erros de paradas e estratégias.
O último capítulo deste problema criado totalmente pelo time foi em Singapura. Embora a McLaren tenha negado qualquer tipo de estranhamento, o clima pós-prova não era de extrema leveza. Ok, logo depois da prova os ânimos ainda estavam mexidos, mas ficou uma sensação de “felicidade fabricada” nas comemorações.
Andrea Stella vem sendo diplomático nos últimos tempos, procurando trazer a situação para uma racionalidade, assumindo de certa forma a culpa por algumas situações. Porém, a glória que seria dourada vai ficando laranja, mas não por um bom motivo. Os sorrisos não são tão largos e ainda teremos feridos até o final da temporada.
A felicidade é de certa forma amarga entre os comandados de Zak Brown.