Chefe da Ferrari insiste em defender estratégias de 2022: "Não é nossa fraqueza"

Mattia Binotto segue isentando a Ferrari e seus estrategistas no desempenho aquém do esperado na primeira parte da temporada 2022 da Fórmula 1 e quer entender os motivos do F1-75 não desempenhar como esperado no início do ano

14 ago 2022 - 04h30
(atualizado às 06h18)
Mattia Binotto
Mattia Binotto
Foto: Eric Gaillard/AFP / Grande Prêmio

Mattia Binotto entrou no período de férias da Fórmula 1 sob bastante pressão. Se tem alguém que teve de dar muitas explicações sobre a performance e as estratégias da Ferrari em 2022, foi o italiano de 52 anos. Também pudera: a expectativa em torno do F1-75 no início da temporada não condiz com a realidade vivida pela equipe após 13 corridas.

Foram descuidos que culminaram em derrotas acachapantes em, pelo menos, três corridas: Mônaco, Silverstone e Hungria que contribuíram para o caos que gira em torno dos italianos neste momento do campeonato. À versão italiana do Motorsport, Binotto se manteve firme em defesa das decisões de sua equipe em 2022.

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"Acredito que temos excelentes pessoas fazendo estratégia na Ferrari e não vejo essa como uma de nossas fraquezas. Mesmo nas corridas que fomos mais criticados, como Silverstone e Paul Ricard, penso que foram escolhas difíceis, talvez infelizes, mas nem sempre erradas", analisou.

Charles Leclerc foi prejudicado por escolha errada de pneus da Ferrari na Hungria (Foto: Reprodução/F1)

Mattia seguiu em defesa da Ferrari mesmo após os problemas vividos em Hungaroring, última corrida antes do verão europeu. "Olhando para a temporada, acertamos na França, na Áustria, como em outras provas. Às vezes, se comete um erro, mas outros também erram. Não é apenas Inaki Rueda [chefe de estratégias da Ferrari], mas toda a equipe é ótima e conta com o meu apoio", disse à Sky Sports.

Binotto entende que, na Hungria, houve uma falta geral de ritmo de corrida, afinal, o carro da Ferrari não respondeu como esperado desde os treinos livres e nas simulações de prova. "Nossa velocidade, de um modo geral, não foi boa o suficiente, independentemente dos pneus que usamos". A escolha de pneus duros para Leclerc não funcionou e custou à equipe mais uma vitória, que caiu no colo de Max Verstappen.

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"A análise que fizemos foi baseada nos dados que tínhamos, mas como falei anteriormente, não é sobre tentar compreender a estratégia, e sim por que não fomos competitivos nesta primeira metade da temporada, como imaginamos", falou ao holandês RacingNews365.

Sainz e Leclerc protagonizaram pixotada em parada dupla da Ferrari em Mônaco (Foto: Ferrari)

O fato é que a Ferrari convive com falhas de confiabilidade, erros estratégicos e má comunicação que custaram pontos vitais para a equipe nesta primeira parte da temporada. E a soma disso tudo são apenas quatro vitórias - três com Charles Leclerc e uma com Carlos Sainz - e 97 de diferença no Mundial de Construtores para a líder Red Bull.

Se levar em consideração a quantidade de pontos dados pelo time de Maranello nesta temporada, a disputa poderia estar mais parelha pelo título. Mas o que se vê, de fato, é uma Mercedes batendo à porta na briga pelo segundo lugar. Já são 30 de margem entre ambas.

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