A Audi vem se preparando para sua estreia na Fórmula 1 em 2026 com um motor próprio dentro do novo regulamento que equilibra potência elétrica e combustão. Rumores indicam que os engenheiros alemães ultrapassaram a barreira dos 400 kW com a unidade térmica, alcançando mais de 540/550 cavalos, desempenho que se aproxima do nível da Mercedes, referência em potência na categoria.
A entrada da Audi acontece em um momento de transformação na F1. O novo regulamento de motores, que será implementado em 2026, combina motor a combustão e sistema elétrico para gerar mais de 1.000 cavalos de potência. O motor a combustão interna (ICE) da equipe deve entregar cerca de 400 kW (536 cv) utilizando combustível totalmente sustentável, enquanto o sistema elétrico (MGU-K) terá 350 kW (469 cv), permitindo maior recuperação de energia nas frenagens até 8,5 megajoules por volta. A remoção do MGU-H, responsável por recuperar energia dos gases de escape, simplifica a arquitetura e reforça a eficiência energética, alinhando potência e sustentabilidade.
A equipe que fará a estreia da Audi é baseada na antiga Sauber, que nos últimos anos saiu das últimas posições do Mundial de Construtores e passou a disputar pontos regularmente. A operação será integrada ao Audi Competence Centre Motorsport, em Neuburg, Alemanha, um centro de 3.000 m² que desenvolveu projetos vencedores como o R18 e-tron no WEC, o RS Q e-tron no Dakar e diversos programas de Fórmula E e DTM.
O projeto é liderado por Mattia Binotto, ex-Ferrari, que traçou um plano ambicioso para vencer até 2030: "A história nos ensina que todos os ciclos de vitórias são baseados em um período de preparação de cinco a sete anos. Queremos vencer em cinco anos: três para construir e dois para consolidar." A Audi vem aproveitando a experiência de engenheiros da Ferrari e Mercedes para acelerar o desenvolvimento do motor, mas ainda terá o desafio de unir a estrutura suíça da Sauber com a operação em Neuburg.
Apesar de ainda haver dúvidas sobre confiabilidade e desempenho na temporada completa, os números iniciais sugerem que a Audi pode entrar na Fórmula 1 mais forte do que muitos imaginavam. A marca alemã aposta em tecnologia de ponta, experiência de seus engenheiros e inovação para estabelecer-se como uma nova candidata ao topo da categoria, marcando o início de uma era promissora e sustentável na F1.