O FIA WEC e o IMSA implementarão um sistema revisado de Balance of Performance (BoP) em 2026, com o objetivo de torná-lo mais simples e eficaz. A informação foi revelada por Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO), durante entrevista ao site Endurance24 nas 6 Horas de Fuji 2025, evento que marcou a centésima corrida da história do WEC, campeonato iniciado em 2012 sob gestão conjunta da ACO e da FIA.
Fillon admitiu que o BoP utilizado na temporada 2025 apresentou problemas significativos. “Claramente não funcionou”, afirmou, destacando que o processo atual será completamente reformulado. “Não devemos mais falar de BoP, mas de gerenciamento de performance. As equipes técnicas da ACO, da FIA e da IMSA estão trabalhando com os fabricantes para criar algo mais simples para o próximo ano”, explicou. A colaboração entre as entidades e os fabricantes visa corrigir as inconsistências observadas, especialmente as variações de desempenho entre corridas.
Durante uma reunião recente em Paris, os fabricantes rejeitaram a proposta de eliminar o BoP, optando por mantê-lo como ferramenta essencial para equilibrar a competição na categoria Hypercar do WEC e nas classes do IMSA. Fillon defendeu o sistema,
observando que, nas qualificações de Fuji, quase todos os carros ficaram dentro de uma diferença de um segundo. “Às vezes, o intervalo entre dois carros da mesma equipe é superior a meio segundo. Então, o BoP não é tão ruim assim”, argumentou. Ele atribuiu os problemas não ao conceito do BoP, mas ao processo de sua aplicação, que gerou discrepâncias entre as provas. “Houve muitas diferenças entre as corridas; e isso não funcionou. Vamos retrabalhar o processo”, completou.
Fillon também refutou a ideia de que o BoP foi ajustado em todas as corridas de 2025, mas reconheceu que tentativas frequentes de equilibrar os carros nem sempre trouxeram os resultados esperados. “O inimigo do bem é o melhor. Tentar equilibrar ao máximo todas as carros é um exercício extremamente difícil”, disse. Ele destacou que o BoP representa apenas 30% do resultado de uma corrida, com fatores como estratégia, pneus, pilotos e condições de pista desempenhando papéis igualmente cruciais. “É importante manter a estratégia”, reforçou.