Nem exterior negativo limita alta do Ibovespa

18 jul 2019 - 11h15

A onda de aversão a risco no exterior é insuficiente para derrubar a B3 nesta quinta-feira, 18, como sugere a alta de cerca de 0,37% do Ibovespa (104.238,23 pontos). Apesar da preocupação de investidores com o impasse nas negociações comerciais entre EUA e China, a liberação do FGTS para impulsionar a economia traz algum alento aos negócios. Ainda que sejam vistas apenas como paliativo, as medidas são consideradas bem-vindas por especialistas neste momento em que o crescimento econômico prossegue em ritmo lento.

Nesta tarde de quinta-feira, 18, em evento comemorativo de 200 dias do governo de Jair Bolsonaro, o presidente deve anunciar oficialmente a liberação de saques de contas ativas a inativas do fundo. Na quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, refez os cálculos, e o potencial a ser liberado passou de R$ 42 bilhões para R$ 30 bilhões. "Algumas varejistas que subiram na quarta podem devolver a alta em reação ao número estimado menor", diz um operador. No entanto, pelo menos nesta manhã, alguns papéis do setor continuam avançando consideravelmente

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O economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada, pondera que a alta pode ser moderada ao longo do dia. "Claro que tem algum efeito, mas não deve mudar o ritmo da bolsa substancialmente, até porque subiu bastante", diz. Magazine Luiza ON e Lojas Americanas PN, por exemplo, avançavam cerca de 2,00% e 1,00%, respectivamente. Sabesp ON subia mais de 3%, diante da expectativa de reajuste das tarifas.

Da mesma forma, o economista não estima valorizações expressivas nos mercados de ações do exterior à frente, sobretudo o de Nova York. Conforme ele, há sinais de desconforto com relação às questões comerciais e quanto aos riscos econômicos atrelados a essa questão. "Parece ser um momento de reavaliação geral de cenários, sem espaço para grandes ganhos nas bolsas", estima.

Nesta quinta, as bolsas europeias e as bolsas de Nova York cedem diante da falta de progresso em direção a um acordo comercial sino-americanas, que traz mais incertezas sobre as perspectivas de crescimento econômico mundial.

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