Luiza Trajano: 'Varejo poderia estar melhor não fossem inflação, juro alto e falta de confiança'

Empresária também volta a afirmar que não entrará para a política

26 set 2021 - 20h13

A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano, disse, neste domingo, 26, que a situação do varejo no Brasil poderia estar muito melhor se o País não estivesse tendo de enfrentar inflação, juros altos e uma grande desconfiança. A empresária participou de evento do Parlatório, grupo que reúne formadores de opinião de todo Brasil.

Luiza reconheceu que a inflação é um evento que pegou quase todo o mundo. "O problema é o juro alto e a falta de confiança. A falta de confiança leva ao aumento da inflação, que leva à alta de juro e isso afeta toda a cadeia de varejo", disse.

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Segundo a empresária, esse cenário é ainda mais preocupante porque o varejo cria a maior parte dos primeiros empregos no País.

Luiza voltou a negar que entrará na vida pública para disputar qualquer cargo eletivo. "Não sou candidata e não atendi as pessoas que me procuraram", disse ela, uma das líderes do movimento Mulheres do Brasil, que hoje reúne 95 mil mulheres.

Em resposta a provocações feitas pelo ex-presidente Michel Temer, no início do evento, que perguntou sobre a possibilidade de ela entrar na política, Luiza Trajano disse que "não conheço do churrasco político, mas aprendi a cheirar desse churrasco".

A empresária disse não ter condição de assumir um cargo político, mas afirmou que o grupo de mulheres que lidera é o maior partido político feminino do mundo e prometeu atuar politicamente por entender que um grupo com 100 mil pessoas tem força para colocar pautas para o Congresso e para o governo.

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"Então, presidente Michel (Temer), não sou candidata a presidente, nem a vice e a cargo nenhum. Não sou candidata, mas sou candidata a liderar uma frente de 100 mil mulheres", disse, acrescentando que um dos objetivos do Mulheres do Brasil é colocar 50% de mulheres nos cargos públicos.

"Os homens aqui presentes podem até não gostar, mas queremos 50% dos cargos públicos ocupados por mulheres", continuou.

Ela não deixou passar também a oportunidade de dar uma espetada nos membros do Parlatório dizendo que o grupo faz muitos diagnósticos, mas que não dá mais para só fazer diagnósticos e "ficar assistindo de braços cruzados as 600 mil mortes por Covid e metade da população brasileira vivendo com apenas R$ 60".

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