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Inflação sobe 0,39% em novembro e permanece acima da meta no acumulado em 12 meses

O grupo de Alimentos e Bebidas foi o que puxou a inflação para cima, impulsionado pelo aumento nos preços das carnes

10 dez 2024 - 10h25
(atualizado às 13h56)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A inflação para o mês de novembro teve alta de 0,39%, caindo 0,17 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,56%), segundo divulgado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, nesta terça-feira, 10. Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 4,87%, acima do teto da meta estabelecido pelo Banco Central, que é de 4,5%.

No ano, a inflação acumulada é de 4,29%. A meta do BC para 2024 é de 3%, com intervalo de 1,5% para cima ou para baixo. Segundo o IBGE, o grupo que puxou o aumento dos preços em novembro foi o de Alimentação e Bebidas, que subiu 1,55%, impulsionado pelos preços das carnes, que aumentaram 8,02%.

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“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC, André Almeida.

O grupo de Transportes registrou alta de 0,89%, influenciada pelo subitem passagem aérea, que subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 ponto percentual, maior impacto individual no índice do mês. “A proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta”, explicou o gerente da pesquisa.

Já os combustíveis caíram -0,15%, influenciados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas.

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registradas reduções de -0,43% no trem e no metrô, decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do ENEM.

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Em Despesas Pessoais (1,43%), o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro (14,91%). Em 1º de novembro, houve aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros. Altas também foram observadas nos subitens pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%).

Por outro lado, a maior queda registrada em novembro veio de Habitação, com taxa de -1,53% e -0,24 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi impactado pelo subitem energia elétrica residencial, que caiu 6,27% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Inflação fica no campo positivo em todas as localidades pesquisadas

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em outubro. A maior variação ocorreu em Rio Branco (0,92%), influenciada pela alta das carnes. Por outro lado, a menor variação ocorreu em Porto Alegre (0,03%), por conta do recuo da energia elétrica residencial.

INPC tem alta de 0,33% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,33% em novembro, 0,28 p.p. abaixo do resultado observado em outubro (0,61%). No ano, o INPC acumula alta de 4,27% e, nos últimos 12 meses, de 4,84%, acima dos 4,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa foi de 0,10%.

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Os produtos alimentícios registraram alta de preços pelo terceiro mês consecutivo, acelerando de 1,11% em outubro para 1,62% em novembro. Por sua vez, os produtos não alimentícios caíram 0,08%, após alta de 0,45% em outubro.

Fonte: Redação Terra
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