Ibovespa acompanha queda de Wall Street e fecha abaixo de 100 mil pontos

3 set 2019 - 17h09
(atualizado às 19h33)

A bolsa paulista teve uma sessão volátil nesta terça-feira, com seu principal índice chegando a tocar 101 mil pontos antes de perder força à tarde, tendo de pano de fundo perdas em Wall Street em meio a preocupações com o embate comercial EUA-China.

Mulher confere cotações no painel eletrônico da bolsa paulista durante sessão, na sede da B3. 3/4/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Mulher confere cotações no painel eletrônico da bolsa paulista durante sessão, na sede da B3. 3/4/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Ibovespa caiu 0,94%, a 99.680,83 pontos. O volume financeiro da sessão somou 17,4 bilhões de reais.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que será "mais duro" nas negociações com a China em um segundo mandato se as discussões comerciais se arrastarem, aumentando os temores do mercado de que a guerra comercial possa desencadear uma recessão nos EUA.

Em Wall Street, o S&P 500 cedeu 0,68%, também afetado pelo setor manufatureiro dos EUA, que encolheu em agosto pela primeira vez desde 2016.

No Brasil, a produção industrial caiu em julho, no terceiro mês seguido de queda e no pior desempenho para o mês em quatro anos, indicando um começo de trimestre ruim.

Para Eduardo Guimarães, da Levante Investimentos, o viés negativo nas bolsas norte-americanas pesou sobre o Ibovespa, também afetado pelo mergulho do índice Merval na Argentina e pelos dados da produção industrial nacional.

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A equipe de análise técnica do Itaú BBA observou que o Ibovespa não superou a forte resistência em 101.500 pontos. "Se conseguir superar, sairá da tendência de baixa e o movimento de alta ganhará novo impulso", afirmou em nota a clientes.

DESTAQUES

- MRV cedeu 4,82%, em sessão de ajuste do setor imobiliário. CYRELA recuou 2,87%. A Cyrela Commercial Properties, braço de imóveis corporativos da Cyrela, planeja usar cerca de 75% dos recursos da oferta primária de ações, anunciada na véspera, para compra e desenvolvimento de novos edifícios.

- QUALICORP perdeu 3,02%. Em agosto os papéis acumularam ganho de 28,67%.

- ULTRAPAR valorizou-se 2,35%, em nova sessão de recuperação, após ter recuado 16,47% em agosto.

- MARFRIG ganhou 1,92%. A empresa disse que os restaurantes do Burger King no Brasil começarão a vender hambúrgueres à base de vegetais produzidos pela companhia na cidade de São Paulo em 10 de setembro, com um lançamento nacional programado para novembro.

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- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,91%. A instituição realiza reunião com analistas nesta tarde. BRADESCO PN recuou 1,63%.

- VALE perdeu 1,06%, contaminada pelo ambiente externo mais negativo, em movimento alinhado ao de outras mineradoras nos pregões no exterior.

- PETROBRAS PN subiu 1,19%, após notícia de que a produção média de petróleo e gás natural da empresa subiu 21,6% em agosto ante mesmo mês de 2018, atingindo recorde de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Ainda, o fundo de pensão dinamarquês MP Pension informou que vai vender sua participação em 10 das maiores empresas de petróleo do mundo, incluindo a Petrobras.

- ITAUSA PN recuou 1,57%. O diretor-presidente do grupo, Alfredo Setubal, disse que a compra da Liquigás será vantajosa para acionistas. Disse também que a Itaúsa tem estudos avançados sobre 15 ativos para possível compra.

- CEMIG PN perdeu 1,95%, diante da notícia que a Aneel decidiu manter multas no valor total de 27,4 milhões de reais à empresa. A agência Moody's alterou a perspectiva da elétrica para positiva, ante estável.

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