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Ibovespa volta a flertar com 92 mil pts, mas fecha em queda com embolso de lucros

7 jan 2019 - 18h06
(atualizado às 18h54)

A bolsa paulista fechou em queda nesta segunda-feira, encerrando uma sequência de cinco pregões de alta, com movimentos de realização de lucros frustrando mais uma vez a tentativa do Ibovespa de fechar acima dos 92 mil pontos.

Gráfico do Ibovespa
Gráfico do Ibovespa
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,15 por cento, a 91.699,05 pontos. Na máxima, chegou a 92.551,88 pontos. O volume financeiro somou 14,8 bilhões de reais.

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Nos últimos cinco pregões, o Ibovespa acumulou alta de 7,88 por cento. Na sexta-feira, no melhor momento da sessão, chegou a 92.701,36 pontos.

De acordo com profissionais da área de renda variável, a queda só não foi maior em razão do desempenho das ações da Petrobras, apoiadas no avanço do petróleo e notícia sobre o desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa.

O ajuste negativo ocorreu apesar do tom positivo em Wall Street, onde o S&P 500 subia cerca de 0,8 por cento nas horas finais do pregão, com as atenções voltadas para conversas entre Estados Unidos e China sobre a disputa comercial entre os dois países.

A partir desta segunda-feira, o Ibovespa passou a vigorar com nova composição, que valerá até 3 de maio.

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Na visão do especialista em ações da Levante Eduardo Guimarães, consultoria independente de investimentos, a bolsa ainda tem bastante espaço para crescer em 2019.

Além do panorama macroeconômico mais favorável, ele ressaltou que o gráfico do Ibovespa ajustado pela inflação sinaliza que o índice precisa subir mais de 50 por cento para se igualar ao desempenho de 10 anos atrás, enquanto o gráfico do Ibovespa em dólar também mostra o índice fortemente defasado.

Ele calcula que tal 'ajuste' levaria o Ibovespa a 138 mil pontos, com ganho de 1,6 trilhão de reais no valor de mercado total das companhias que compõem o índice.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 3,24 e 1,58 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo a alta do petróleo e reportagem publicada pelo Valor Pro, segundo a qual a União pagaria em torno de 14 bilhões de dólares à companhia na revisão do contrato que garantiu à petrolífera o direito de explorar seis blocos de petróleo na camada do pré-sal. Em email à Reuters no final da tarde, contudo, o Ministério da Economia disse que não procede a informação. Na máxima, os papéis ON subiram 5,78 por cento, acima de 29 reais.

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- LOJAS AMERICANAS PN subiu 3,31 por cento, sendo a maior alta do Ibovespa, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America Merrill Lynch, elevando a recomendação dos papéis para 'compra' ante 'underperfom' e o preço-alvo para 23,50 reais ante 15 reais.

- ELETROBRAS ON caiu 5,01 por cento, em um segundo dia de ajustes, após forte valorização entre o final de 2018 e o começo de 2019. Apenas nos dois primeiros pregões deste ano, as ações ON da elétrica de controle estatal acumularam um ganho superior a 20 por cento.

- SUZANO recuou 4,58 por cento, entre as maiores quedas do índice. Analistas do Itaú BBA reiteraram a recomendação 'outperform' para a ação, mas reconheceram que o papel enfrentará um período difícil no primeiro trimestre de 2019.

- VALE cedeu 0,54 por cento, revertendo ganhos mais fortes no começo da sessão, quando acompanhou movimento dos preços do minério de ferro na China, após flexibilização da política do banco central chinês e com a esperança de que Pequim e Washington possam fechar um amplo acordo comercial.

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