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Ibovespa sobe 4,06% em junho com foco em reforma, juros e comércio EUA-China

28 jun 2019 - 18h41

Um otimismo cauteloso conduziu os negócios no mercado brasileiro de ações nesta sexta-feira, 28, e o Índice Bovespa teve alta leve, de 0,24%, após um pregão de baixa volatilidade. Apesar do clima de prudência, os resultados de junho e do semestre foram comemorados. O índice fechou aos 100.967,20 pontos, com avanço de 4,06% no mês - o segundo maior do ano - e de 14,88% no semestre.

Para Vítor Miziara, gestor da Criteria Investimentos, três fatores foram determinantes para o bom desempenho do Ibovespa em junho: melhora da expectativa de entendimento comercial entre Estados Unidos e China, avanço na tramitação da reforma da Previdência e aposta em corte de juros no Brasil e no exterior.

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"Mas a próxima quinzena será decisiva para as questões domésticas, uma vez que se espera aprovação da reforma antes do recesso parlamentar e ainda não há definição sobre Estados e municípios. Além disso, teremos em julho nova reunião do Copom, a primeira em que se espera corte de juros, que depende do avanço concreto da reforma", diz.

Na avaliação de Victor Beyruti, da equipe de análise da Guide Investimentos, um dos pontos altos do mês foi a apresentação do relatório da reforma da Previdência com economia fiscal próxima do R$ 1 trilhão em dez anos desejado pelo ministro da Economia, o que surpreendeu positivamente o mercado, que esperava desidratação maior. Quanto ao cenário internacional, ele lembra que, apesar da expectativa pelo encontro dos presidentes dos Estados Unidos e China na reunião do G-20, não se espera um entendimento concreto agora, mas apenas uma indicação de trégua na guerra comercial.

"O otimismo cauteloso do mercado nesta sexta é reflexo desse cenário de expectativas positivas, mas ainda sem sinais concretos", afirma.

As indicações de afrouxamento monetário nos Estados Unidos e na Europa também aumentaram o apetite por risco naqueles mercados e nas bolsas de países emergentes em junho. Depois de terem amargado pesadas perdas em maio, os índices das bolsas de Nova York terminam junho com ganhos superiores a 6%.

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No pregão desta sexta-feira, as altas foram puxadas principalmente pelas ações de commodities e de energia elétrica. Entre essas, destaque para Eletrobras PNB (+2,59%), Petrobras PN (+0,66%) e Cesp PNB (+2,92%). Entre os bancos, o dia foi mais fraco, com os papéis seguindo direções opostas. Banco do Brasil ON subiu 0,26%, Itaú Unibanco PN ficou estável (+0,03%) e Bradesco PN perdeu 0,42%.

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