Ibovespa sobe 3,56% e renova recorde no 1º pregão do ano

Primeiro pregão foi marcado pela euforia com as perspectivas positivas para a economia no governo Jair Bolsonaro

2 jan 2019 - 19h20
(atualizado às 19h51)

O primeiro pregão de 2019 foi marcado pela euforia na bolsa doméstica, que operou nesta quarta-feira, 2, descolada do exterior com as perspectivas positivas para a economia no governo Jair Bolsonaro e renovou a máxima histórica de fechamento, acima dos inéditos 91 mil pontos.

O principal condutor do otimismo no mercado acionário doméstico foi o fechamento de apoio da bancada do PSL, partido de Bolsonaro, à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o comando da Câmara dos Deputados. A avaliação é de que a eventual reeleição de Maia pode facilitar a aprovação da reformas do novo governo.

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29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

As sinalizações em relação ao encaminhamento da reforma da Previdência no Congresso e à agenda de privatizações foram outros fatores a impulsionarem o Ibovespa, que encerrou em alta de 3,56%, aos 91.012,31 pontos, superando o recorde de fechamento alcançado em 3 de dezembro de 2018 (89.820,09 pontos). Na máxima intraday, o índice atingiu os 91.478,84 pontos (+4,09%). O volume negociado foi de R$ 17 bilhões.

"Surpreendeu, logo após a posse de Bolsonaro, o anúncio do apoio do PSL à reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara", disse Rafael Bevilacqua, estrategista da Levante Ideias de Investimento. "Um dos medos do mercado era de que o governo não conseguiria negociar com a base, mas ele demonstrou habilidade política", acrescentou.

Bevilacqua avaliou que o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia de transmissão de cargo também foi positivo, com destaque para a descentralização de gastos públicos. Guedes afirmou que é preciso fazer a descentralização de recursos para Estados e municípios, de forma que Brasil reassuma característica de República Federativa. O ministro destacou ainda que a reforma da Previdência é a principal prioridade do governo e também defendeu a agenda de privatizações. "Vamos abrir a economia, reduzir impostos, privatizar", afirmou.

As ações dos principais bancos tiveram altas expressivas, acima de 4%, enquanto as da Petrobras avançaram até 6%. O destaque foram as ações da Eletrobras, com altas de 20,72% (ON) e 14,52% (PNB), após Wilson Ferreira Junior confirmar o convite para permanecer na presidência da estatal.

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