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Ibovespa sobe 0,77% e começa semana com novo recorde, aos 108.187,06 pontos

28 out 2019 - 18h14

O Índice Bovespa iniciou a última semana de outubro registrando novos recordes, garantidos pela combinação entre o apetite por risco no mercado internacional e a percepção de um cenário doméstico mais benigno para o mercado de ações nos próximos meses. Em alta desde a abertura, o principal índice da B3 terminou o dia aos inéditos 108.187,06 pontos, com ganho de 0,77%. Os negócios somaram R$ 14,9 bilhões.

Os ganhos foram puxados principalmente pelas blue chips do setor financeiro e da Petrobras, que acumulam valorização bem superior à do Ibovespa em outubro. Enquanto o índice registra alta de 3,29% no período, a ação preferencial da petroleira estatal contabiliza 7,44% e a ação preferencial do Bradesco, por exemplo, acumula 12,52%.

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"Após um fim de semana sem muitas novidades, o mercado doméstico segue otimista com o ambiente interno após a aprovação da reforma da Previdência e à espera dos próximos resultados trimestrais. O sentimento é que o País passa por uma mudança estrutural importante, que deve levar a uma melhora no ambiente de negócios", disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

O economista destaca a queda do dólar ao patamar inferior a R$ 4,00, em meio à expectativa de ingresso de recursos externos ao País com o leilão da cessão onerosa marcado para o próximo dia 6. Há, ainda, a aposta em novo corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a taxa Selic na quarta-feira (30). À espera dos efeitos positivos do afrouxamento monetário, as ações do setor imobiliário subiram acima da média do mercado, como mostra o Índice Imobiliário (IMOB), que subiu 1,15% no dia, levando o acumulado do ano a 40,7%, contra 23,1% do Ibovespa.

"Se o País continuar a avançar nas medidas de mudança estrutural, a tendência é uma melhora na atratividade do Brasil ante outros mercados", afirmou Beyruti.

No cenário externo, a influência positiva das bolsas de Nova York contou com os novos recordes do S&P-500, em meio à safra de balanços e às notícias de que as negociações entre Estados Unidos e China convergem para um acordo parcial. Além disso, o adiamento do Brexit para janeiro também tranquilizou os investidores lá fora, o que reduziu a procura por ativos defensivos, como dólar e os títulos do Tesouro americano, o que beneficiou as bolsas do mundo inteiro.

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Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram de Bradesco PN e ON, que avançaram 3,61% e 2,97%, nesta ordem. O banco divulga seu resultado do terceiro trimestre na quinta-feira (31), antes da abertura dos negócios. Já BRF ON (-2,65%) e Marfrig ON (-2,37%) foram as quedas mais significativas do índice, em movimento atribuído a correções de ganhos recentes. Na máxima do dia, o Ibovespa atingiu 108.392,72 pontos (+0,96%).

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