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Ibovespa renova máxima de fechamento com bancos e NY; Vale recua

4 fev 2019 - 18h08
(atualizado às 18h41)

A bolsa paulista terminou com o Ibovespa em nova máxima histórica nesta segunda-feira, batendo o recorde do último pregão, em movimento puxado pelos bancos, entre eles o Itaú Unibanco antes do balanço.

Homem passa em frente a agência do Itaú Unibanco no Rio de Janeiro. 6/09/2017. REUTERS/Pilar Olivares.
Homem passa em frente a agência do Itaú Unibanco no Rio de Janeiro. 6/09/2017. REUTERS/Pilar Olivares.
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,74 por cento, a 98.588,64 pontos, novo recorde para o fechamento. O volume financeiro somou 14,07 bilhões de reais.

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O primeiro pregão da semana começou mais fraco, em meio a ajustes após ganhos de dois dígitos acumulados desde o início do ano, com os papéis de Vale também pesando por preocupações sobre o desfecho ligado à tragédia em Minas Gerais.

A trajetória positiva em Wall Street, contudo, deu base para a melhora doméstica, com noticiário relacionado à reforma da Previdência no Brasil também ajudando a trazer o Ibovespa para território positivo, após ter caído quase 1 por cento no pior momento.

Em Nova York, a alta de ações do setor de tecnologia antes do balanço da Alphabet dava suporte ao S&P 500 e ao Nasdaq.

No Brasil, o mercado absorveu resultado de eleições no Congresso Nacional, que entre a sexta-feira e o sábado elegeu os presidentes da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia/DEM-RJ) e do Senado (Davi Alcolumbre/DEM-AP), evento considerado no mercado essencial para o avanço de fato das reformas.

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"A interpretação deste resultado, associado a grande renovação de membros das duas casas, é de que as reformas tendem a seguir com rapidez no curto prazo, favorecendo as intenções do governo", afirmaram os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da corretora Mirae.

Nesse contexto, também repercutiu positivamente reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo citando minuta preliminar da proposta de reforma da Previdência prevendo, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem no Brasil.

Em sua primeira mensagem ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que uma proposta "moderna" e "fraterna" de reforma será responsável por um grande impulso para melhoria do ambiente econômico do país.

No mercado, a expectativa é que Bolsonaro receberá o texto da Previdência nesta semana e depois ele será apresentado aos líderes partidários e aos presidentes da Câmara e do Senado.

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DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,27 por cento, antes da divulgação do resultado do quarto trimestre ainda nesta segunda-feira. O Brasil Plural citou em relatório que ser o maior pode significar mais tempo para mobilizar as tropas, a fim de acelerar o crescimento e os lucros, particularmente porque a rentabilidade já é a mais alta entre seus rivais. Para Eduardo Nishio e equipe, os resultados previstos para esta sessão devem mostrar um pouco desse quadro, com ganhos crescendo a um dígito médio, praticamente o mesmo ritmo do terceiro trimestre de 2018. Eles calculam um lucro de 6,65 bilhões de reais no trimestre.

- BRADESCO PN avançou 2,22 por cento e reforçou a alta do Ibovespa, em sessão positiva para os bancos como um todo, com SANTANDER BRASIL fechando em alta de 3,26 por cento e BANCO DO BRASIL valorizando-se 1,9 por cento.

- VALE fechou em queda de 3,39 por cento, em meio a receios sobre desdobramentos da tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem da empresa, que já matou mais de 100 pessoas. Notícia sobre a suspensão de operação em uma de suas minas pesou ainda mais nos negócios. "O impacto estimado da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras na mina de Brucutu (complexo de Minas Centrais) é de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano", afirmou a Vale.

- GOL PN disparou 8,27 por cento, engatando a quarta alta seguida, em meio expectativas de anúncio pelo governo de São Paulo sobre redução de custos do querosene de aviação que inclui corte no ICMS que incide sobre o combustível. Atualmente, o Estado cobra uma alíquota de 25 por cento sobre o querosene de aviação, que é o principal custo das companhias aéreas. A redução a ser anunciada deve ser para 12 por cento, segundo informou o governo paulista sem dar mais detalhes.

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- PETROBRAS PN encerrou am alta de 0,89 por cento, apesar do declínio do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON subiu 1,13 por cento.

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